Pecuaristas americanos demonstram insatisfação com plano de importação de carne argentina.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou seu apoio aos pecuaristas americanos, mas essa posição gerou críticas e preocupações dentro do setor. A medida que visa aumentar as importações de carne bovina da Argentina, com tarifas reduzidas, tem sido vista por muitos produtores como uma ameaça ao futuro da indústria pecuária americana.
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Produtores de gado, como Christian Lovell, diretor sênior de programas da Farm Action, consideram a política como uma “traição” aos pecuaristas. A intenção de quadruplicar a quantidade de carne argentina que pode entrar nos Estados Unidos com baixas tarifas levanta preocupações sobre a competição e o impacto nos preços da carne nos Estados Unidos.
Em resposta às críticas, Trump defendeu suas políticas, argumentando que o aumento das importações de carne argentina é necessário para garantir que os consumidores tenham acesso a carne a preços mais baixos. No entanto, essa defesa não acalmou as preocupações dos pecuaristas, que temem que a medida possa prejudicar a sustentabilidade de suas operações.
Colin Woodall, CEO da Associação Nacional de Pecuaristas de Gado de Corte, declarou que a organização e seus membros não podem apoiar o Presidente enquanto ele “prejudica o futuro dos agricultores e pecuaristas familiares ao importar carne argentina numa tentativa de influenciar os preços.” A organização enfatiza a necessidade de um mercado justo e de incentivos para a reconstrução do rebanho bovino nos Estados Unidos.
Além das importações, outros fatores estão contribuindo para o aumento dos preços da carne bovina. Uma seca de vários anos reduziu a quantidade de terras para pastagem do gado e aumentou o custo da ração. A infestação da mosca da bicheira também agravou a situação, diminuindo as importações de carne da Argentina. Economistas agrícolas, como Becca Jablonski, explicam que o aumento de preços é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a escassez de gado e as condições climáticas.
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Em resposta às preocupações, o governo planeja expandir o acesso dos pecuaristas a terras federais para pastagem e priorizar pedidos de subsídios de veteranos militares. Apesar desses planos, muitos pecuaristas, como Christian Lovell, acreditam que a medida é apenas uma tentativa de “controlar os danos” e que o setor precisa de um mercado justo e de incentivos para a reconstrução do rebanho bovino nos Estados Unidos.
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