E-mails obtidos pelo Congresso dos Estados Unidos indicam que o então presidente dos Estados Unidos, do Partido Republicano, possuía conhecimento do esquema de exploração sexual de menores conduzido por Jeffrey Epstein. A informação foi divulgada em mensagens eletrônicas, reveladas nesta quarta-feira, 12 de novembro de 2025, conforme noticiado pelo jornal.
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Detalhes das Correspondências
Nos e-mails, Epstein mencionava que o então presidente passava “horas em sua casa” com uma das vítimas e que “sabia sobre as meninas” envolvidas no esquema. A divulgação dessas mensagens foi feita pelo Comitê de Supervisão da Câmara, com o objetivo de aprofundar a investigação sobre a rede de tráfico sexual liderada por Epstein.
Publicação e Edições
Segundo o New York Times, os documentos apresentavam partes editadas para proteger a identidade das vítimas. O caso Epstein, envolvendo um financista e investidor norte-americano acusado de comandar uma rede internacional de tráfico sexual que envolvia menores de idade e figuras influentes da política, negócios e entretenimento, culminou em sua prisão em 2019, seguida por seu falecimento no mesmo ano em uma cela federal em Nova York.
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Controvérsia e Investigação
A Justiça classificou o caso como suicídio, gerando controvérsias e teorias sobre possível encobrimento. As mensagens divulgadas foram enviadas após 2008, quando Epstein fechou um acordo com a Justiça que o livrou de acusações federais mais graves em troca de confessar culpa em nível estadual.
Comunicação com Ghislaine Maxwell
Em um e-mail de 2011 para Ghislaine Maxwell, ex-namorada e cúmplice condenada por recrutar jovens para o esquema, Epstein escreveu: “Quero que você perceba que aquele cachorro que não latiu é Trump”.
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Reconhecimento e Negações
Em 2019, em correspondência ao escritor americano Michael Wolff, Epstein declarou que Trump “sabia sobre as meninas, pois pediu a Ghislaine que parasse [o esquema]”.
Informações ao Departamento de Justiça
Em julho de 2025, o Departamento de Justiça informou a Trump que seu nome aparece diversas vezes nos arquivos da investigação, contradizendo declarações anteriores do presidente. Esses materiais foram utilizados na revisão do caso que confirmou o suicídio de Epstein e afastou a hipótese de uma “lista de clientes”.
Documentos Sob Sigilo
Grande parte dos arquivos da investigação permanece sem acesso público. É incerto se os e-mails divulgados fazem parte de trocas mais amplas ou se há outras mensagens ainda sob sigilo. Trump nega qualquer envolvimento nos crimes atribuídos a Epstein e classifica o caso como “mais uma farsa dos democratas”.
O presidente reconhece ter sido próximo do financista nos anos 1990 e início dos 2000, mas diz que rompeu a amizade após uma disputa por um imóvel em Palm Beach, na Flórida.
