Trump ignora ‘South Park’ e recordes de audiência da série satírica

Trump ignora sátiras em ‘South Park’ por conta da audiência recorde da série, que gera receita e influência para os criadores Trey Parker e Matt Stone.

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(Imagem de reprodução da internet).

Apesar de críticas contínuas direcionadas a adversários políticos e a veículos de comunicação, incluindo programas de televisão, o presidente mantém uma postura de silêncio em relação às representações do seu governo exibidas em ‘South Park’.

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A nova temporada da série intensificou a abordagem satírica, com episódios que retratam o presidente em situações extremas, como delírios em ambientes desérticos e tramas envolvendo a suposta origem do Anticristo. A ausência de qualquer reação pública se destaca.

Análise da Audiência e Estratégia

De acordo com informações divulgadas pelo The Hollywood Reporter, uma possível explicação para o silêncio do presidente reside na influência da audiência e da receita nos cálculos políticos de Donald Trump. O comediante Patton Oswalt, em entrevista ao podcast ‘The Last Laugh’, sugeriu que ‘South Park’ combina um alto alcance, um retorno financeiro significativo e um contrato de produção que garante aos criadores Trey Parker e Matt Stone pagamentos anuais de US$ 250 milhões, além de participação nos direitos de streaming.

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A magnitude comercial da série a tornaria um alvo menos atraente para ataques. Essa perspectiva se alinha com declarações anteriores do próprio Trump, que considera os índices de audiência um parâmetro central de relevância pública. Em campanhas e discursos, o presidente frequentemente citou dados de TV para dimensionar a força de aliados e rivais.

Desempenho e Avaliação Estratégica

Programas como os de e Stephen Colbert foram alvos após quedas de audiência ou cancelamentos, e a crítica sempre partiu da premissa de desempenho. ‘South Park’, no entanto, registrou recordes recentes: o episódio de estreia da 27ª temporada alcançou 5,9 milhões de espectadores em três dias no Comedy Central e no Paramount+, o melhor resultado desde 1999, e o segundo episódio aumentou ainda mais o alcance, superando 6,2 milhões de visualizações, de acordo com o site.

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Essa avaliação estratégica também pesa. Um ataque presidencial tende a ampliar a circulação de conteúdos satíricos, impulsionando sua audiência e reforçando o impacto da crítica. Programas de comédia frequentemente transformam respostas presidenciais em reforço de relevância cultural.

Dinâmica de Produção e Resposta

Isso ocorreu com esquetes de ‘Saturday Night Live’, monólogos de Jimmy Kimmel, declarações de John Oliver e críticas musicais de . Para Trump, reagir a ‘South Park’ poderia potencializar um conteúdo que ele não controla e cuja audiência já é elevada.

Ao mesmo tempo, Parker e Stone produzem a série com prazos curtos, o que permite reagir quase em tempo real a eventos políticos.

Um confronto direto abriria espaço para novas sátiras em sequência, alimentando ciclos que poderiam se prolongar por semanas, segundo o Hollywood Reporter. A equipe do presidente parece avaliar que a ausência de resposta limita o potencial de ressonância desses episódios.

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