Governo e China se reuniram em meio a tensões comerciais. Pauta tratou de redução de tarifas sobre celulose e madeira serrada.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizaram um encontro bilateral histórico em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). A reunião, resultado de intensas negociações diplomáticas, ocorreu em um contexto de tensões comerciais e políticas internacionais.
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A pauta de discussão incluiu a redução de tarifas sobre celulose (já zeradas em negociações anteriores) e madeira serrada (reduzida de 50% para 10%), além de discussões sobre a crise na Venezuela e a crescente influência chinesa na América do Sul.
Participaram do encontro, pelo lado americano, o Representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, e o Secretário de Estado, Marco Rubio. Pelo lado brasileiro, estiveram presentes o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Lula destacou a “tendência natural” de convergência quando líderes dialogam com franqueza, expressando otimismo sobre avanços futuros. Ele sinalizou a entrega de um documento em inglês a Trump com propostas brasileiras. Nos bastidores, o Brasil pressionou por isenções adicionais em setores como carne e café, que enfrentam dificuldades devido à inflação nos EUA.
A presença de Haddad reforçou a busca por acordos econômicos, enquanto Vieira abordou questões diplomáticas, incluindo as sanções ao STF, que permanecem um ponto de atrito.
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Interlocutores do Departamento de Estado americano confirmam que Rubio, alinhado à agenda de Trump de conter a China, vê o Brasil como parceiro estratégico em minerais críticos e energia renovável, mas insiste em contrapartidas comerciais. A equipe de Vieira e Haddad deve se reunir com Greer e Rubio em novembro, possivelmente de forma virtual, para avançar em temas como etanol e regulação de tecnologia.
Para o Brasil, o diálogo marca a retomada de uma diplomacia ativa, com Vieira e Haddad liderando esforços para mitigar impactos econômicos e fortalecer laços bilaterais. A busca por soluções econômicas e a manutenção de canais de diálogo representam um passo importante para o país.
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