Tensão EUA-Venezuela: Conversa telefônica entre Trump e Maduro agrava crise. Casa Branca diz que Maduro lidera cartel; Maduro retribui acusações
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou no domingo, 30, uma conversa telefônica com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A Casa Branca declarou que Maduro lidera um suposto cartel de drogas. A comunicação ocorreu em meio ao aumento da tensão entre Washington e Caracas.
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Trump respondeu a perguntas de jornalistas a bordo do Air Force One, afirmando não comentar o conteúdo da conversa, mas reconhecendo que ela ocorreu. Ele classificou a interação como “não boa nem ruim”, sem fornecer mais detalhes sobre o assunto.
O senador Markwayne Mullin, da CNN, mencionou que Washington propôs a Maduro deixar o país, com possíveis alternativas como a Rússia ou outras nações assumindo o controle das reservas de petróleo venezuelanas. Em um evento com convidados russos, Maduro afirmou que o país é “indestrutível, intocável, invencível” e que se prepara para um dos “melhores Natais” no setor de turismo.
Maduro solicitou apoio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para conter o que ele descreveu como “agressão” dos Estados Unidos. Uma declaração lida pela vice-presidente Delcy Rodríguez durante uma reunião ministerial da OPEP enfatizou que uma ação militar americana representaria um risco à produção venezuelana e ao equilíbrio do mercado energético global.
Após um alerta emitido anteriormente, o espaço aéreo venezuelano foi considerado “fechado em sua totalidade” no sábado. Essa medida ocorreu uma semana após Washington ter emitido um aviso às companhias aéreas sobre a intensificação da atividade militar na região.
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Caracas classificou a fala como “ameaça colonialista”.
A Venezuela revogou as licenças de seis companhias aéreas que haviam suspendido voos. Além disso, o governo Maduro anunciou uma operação especial para facilitar o retorno de cidadãos retidos em outros países e para permitir a saída de quem necessita deixar o território venezuelano.
Desde setembro, forças dos EUA atacaram embarcações suspeitas de envolvimento no narcotráfico no Caribe e no Pacífico, resultando em pelo menos 83 mortes. Caracas considera essas ações como “execuções extrajudiciais” e solicitou uma investigação da Organização das Nações Unidas (ONU).
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