Trump e Israel evitam banimento no futebol com novo plano de paz

Seleção israelense mantém terceira posição no Grupo 1 das eliminatórias para a Copa do Mundo, com Noruega e Itália à frente.

3 min de leitura

Israel's team greets their supporters at the end of the UEFA Nations League League A, Group A2 football match between France and Israel at The Stade de France stadium in Saint-Denis, in the northern outskirts of Paris, on November 14, 2024. (Photo by FRANCK FIFE / AFP)

Cruzamento Inusitado: Geopolítica e Esporte se Encontram no Futebol Europeu

Um plano de paz para Gaza, proposto pelo presidente Donald Trump, gerou um inesperado cruzamento entre geopolítica e esporte. A iniciativa não apenas impactou o tabuleiro político do Oriente Médio, mas também alterou o cenário no futebol europeu. A União Europeia de Futebol (Uefa), que estava prestes a votar pela suspensão de Israel de suas competições, decidiu pausar a decisão, influenciada pelo impacto diplomático do plano americano.

Nos últimos dias, a tensão estava alta nos bastidores da Uefa. Um relatório contundente da Organização das Nações Unidas (ONU) contra Israel motivou uma maioria de membros da organização a planejar uma reunião de emergência para discutir a suspensão do país das competições europeias de futebol. Federações como Turquia e Noruega lideravam o movimento, apontando o precedente do banimento da Rússia, em vigor desde a invasão da Ucrânia em 2022.

A votação parecia iminente, e o clima era de confronto. Para Israel, o impacto seria enorme. Atualmente, a seleção israelense ocupa a terceira posição no Grupo 1 das eliminatórias para a próxima Copa do Mundo, atrás de Noruega e Itália. Um banimento da Uefa não apenas tiraria o país das competições europeias, mas também poderia sepultar suas chances de classificação para o Mundial – um cenário que ninguém, incluindo o presidente Trump, queria ver concretizado.

Tudo mudou após uma reunião entre Trump e o primeiro-ministro de Israel. O presidente americano apresentou um ambicioso plano de paz com 20 pontos, que inclui medidas como: Cessar-fogo permanente em Gaza; Libertaçãode reféns, com o Hamas tendo 72 horas para soltar todos os cidadãos israelenses; Reconstrução de Gaza, sem anexação por Israel; Governo palestino transitório, supervisionado por um conselho liderado pelos Estados Unidos.

O plano ganhou apoio imediato de oito nações árabes e muçulmanas, incluindo Arábia Saudita, Egito e até mesmo a Turquia, que o classificaram como um “esforço sincero para a paz”. Esse respaldo político foi suficiente para convencer os líderes da Uefa a repensarem seus planos. Em comunicado, a organização afirmou: “Não é o momento para a votação”. E assim, o banimento de Israel foi temporariamente suspenso.

LEIA TAMBÉM!

Esse episódio mostra como o esporte, muitas vezes visto como um espaço de união, não está imune às complexidades da geopolítica. O plano de Trump, ao acenar para a estabilidade no Oriente Médio, acabou influenciando diretamente o destino de Israel no futebol europeu.

Mas será que essa pausa na votação da Uefa é um divisor de águas ou apenas um adiamento? O jornal The Times levanta a questão, sugerindo que o plano pode ser um marco histórico ou apenas uma trégua temporária. Enquanto o mundo acompanha os desdobramentos do plano de paz, os olhos dos fãs de futebol também estão voltados para o desempenho de Israel nas eliminatórias.

A suspensão da votação da Uefa dá ao país uma chance de continuar na briga pela classificação ao Mundial, mas o futuro permanece incerto. Será que a diplomacia de Trump conseguirá manter a paz tanto no campo quanto fora dele? Esse plano de paz pode realmente transformar o cenário no Oriente Médio e no futebol?

Sair da versão mobile