Departamento de Justiça divulga registros da investigação envolvendo Jeffrey Epstein, com imagens censuradas de Bill Clinton. Caso expõe encontros com Mick Jagger
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos iniciou a divulgação de registros relacionados à investigação envolvendo Jeffrey Epstein. A liberação ocorreu de forma limitada, com a utilização de tarjas de censura. O caso envolve figuras notórias, incluindo Bill Clinton, que foi condenado em 2008 por crimes ligados ao aliciamento de menores à prostituição.
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A circunstância de sua morte em 2019, antes de um novo julgamento por crimes sexuais, impulsionou uma série de investigações.
Entre os arquivos tornados públicos, encontram-se imagens que mostram Bill Clinton e outras personalidades conhecidas em encontros com Epstein, incluindo o vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger. Grande parte do material permanece com trechos ocultos, levantando questionamentos sobre a transparência da divulgação e aumentando suspeitas de acobertamento.
Os documentos incluem a listagem de 254 massagistas, com os nomes ocultos, justificando a medida como proteção a possíveis vítimas.
Imagens inéditas, como uma mostrando Bill Clinton mais jovem em uma jacuzzi com parte da fotografia coberta, geraram reações de membros do governo. O diretor de comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, publicou no X: “@BillClinton apenas relaxando, sem nenhuma preocupação no mundo”.
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A secretária de imprensa, Karoline Leavitt, acrescentou: “Ai, Deus!”.
Ángel Ureña, subchefe de gabinete de Clinton, afirmou que o país “precisa de respostas, não de bodes expiatórios”. Ele ressaltou que Clinton rompeu qualquer relação com Epstein antes da revelação pública dos crimes e que o ex-presidente “não tinha conhecimento de atividades ilegais”.
O vice-procurador-geral Todd Blanche alertou que os documentos passariam por edições e tarjas de sigilo, com o objetivo de preservar possíveis vítimas. Ele afirmou que não há expectativa de novas denúncias neste momento, apesar da continuidade das apurações.
O presidente Trump, que manteve relação pessoal com Epstein no passado, tentou por meses barrar a divulgação dos arquivos sob responsabilidade do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, mesmo após ter prometido, durante a campanha eleitoral de 2024, total transparência sobre o caso.
Diante da pressão do Congresso, inclusive de parlamentares do Partido Republicano, Trump acabou sancionando, em 19 de novembro, uma, prazo encerrado à meia-noite desta sexta-feira.
Chuck Schumer, líder da minoria democrata no Senado, criticou a divulgação parcial dos documentos relacionados ao caso, antes mesmo da liberação oficial do material. “As pessoas querem a verdade e continuam exigindo a publicação imediata de todos os arquivos de Epstein”, disse Schumer em comunicado. “Isso não passa de um encobrimento para proteger Donald Trump de seu passado obscuro”, ressaltou.
A divulgação dos arquivos está em linha com a Lei de Transparência dos Arquivos de Epstein, que determina que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgue todos os documentos não sigilosos em seu poder relacionados ao caso. A legislação abrange registros vinculados a Jeffrey Epstein, à sua colaboradora Ghislaine Maxwell e a demais pessoas citadas nos processos judiciais.
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