Biden declara que apoio americano à Argentina segue o sucesso do partido do presidente Fernández.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou sua dependência do sucesso do partido de Javier Milei nas eleições de meio de mandato da Argentina para determinar um maior apoio dos EUA ao país. O encontro entre Trump e Milei na Casa Branca, na terça-feira (14), ocorreu dias após Washington ofereceu uma linha de crédito swap de US$ 20 bilhões à Argentina.
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Trump declarou que o futuro do apoio americano à Argentina estava ligado ao resultado das eleições. “Se ele não vencer, estamos perdidos”, afirmou o presidente em declarações aos repórteres. A declaração reflete a importância que Trump atribui ao partido de Milei para a continuidade das políticas de reforma econômica do governo argentino.
Especialistas políticos e econômicos analisam a situação com cautela. A Reuters aponta que, se o partido de Milei conquistar mais de 35% dos votos, isso seria visto como um sinal positivo, utilizando os 30% obtidos no primeiro turno das eleições presidenciais de 2023 como termômetro. Um desempenho que leve o presidente argentino a se aproximar dos 40% seria considerado “uma eleição muito boa”, segundo Marcelo Garcia, diretor da consultoria Horizon Engage para as Américas em risco.
Para garantir o sucesso nas eleições, o partido de Milei precisa de cerca de um terço dos votos em ambas as casas do Congresso para frustrar futuras tentativas de derrubar os vetos do presidente. Para isso, o partido provavelmente precisará formar alianças, já se aliou ao PRO, um partido centrista liderado pelo ex-presidente Mauricio Macri. O apoio de potenciais aliados dependerá do desempenho do partido nas eleições, declarou Lorenzo Sigaut Gravina, economista do think tank argentino Equilibra.
Apesar do otimismo, o partido de Milei enfrenta desafios. O índice de aprovação de Javier Milei caiu para menos de 40% recentemente, o nível mais baixo de sua presidência, devido a preocupações com o corte de gastos e alegações de corrupção envolvendo pessoas próximas a ele. Uma investigação judicial foi iniciada após o vazamento de gravações de áudio não corroboradas, sugerindo que sua irmã e chefe de gabinete, Karina Milei, estava envolvida em um esquema de suborno. Além disso, um candidato do partido de Milei na província de Buenos Aires renunciou em meio a alegações de corrupção, mas era tarde demais para remover seu nome da chapa.
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Apesar dos obstáculos, Facundo Cruz, consultor político na Argentina, acredita que o partido do presidente argentino tem uma presença nacional muito maior do que nas eleições legislativas de 2023. “Inevitavelmente, o número de assentos aumentará”, disse ele. “A questão é: até quanto?” A continuação das políticas de reforma econômica do governo argentino depende, em grande parte, do resultado das eleições de meio de mandato.
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