O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu perdão presidencial ao ex-deputado republicano George Santos, filho de imigrantes brasileiros, que havia sido condenado a sete anos de prisão por fraude eletrônica e roubo de identidade. A notícia foi divulgada por seu advogado, Joseph Murray, ao The New York Times, e confirmada pelo próprio Trump.
Horas após o anúncio, George Santos deixou a Instituição Correcional Federal de Fairton, em Nova Jersey, conforme informado por seu advogado. Murray expressou sua satisfação com a situação, declarando: “Uma grande injustiça foi corrigida. Deus abençoe o presidente Donald J. Trump, o maior presidente da história dos Estados Unidos!”, em mensagem publicada nas redes sociais do ex-parlamentar.
Em postagem na plataforma Truth Social, Trump afirmou que decidiu libertar Santos devido ao que ele considerou um “tratamento terrivelmente injusto” na prisão e à crença de que ele não merecia uma pena tão longa. “George Santos era um pouco rebelde, mas há muitos rebeldes no nosso país que não precisam cumprir sete anos de cadeia. Acabo de assinar sua comutação, libertando George Santos da prisão imediatamente. Boa sorte, George, e tenha uma ótima vida!”, escreveu o presidente.
George Santos, de 37 anos, havia sido preso em julho deste ano após admitir que enganou doadores de campanha e recebeu benefícios de seguro-desemprego de forma indevida. O ex-congressista também foi acusado de roubar a identidade de apoiadores para obter recursos ilegais.
Eleito em 2022 para representar um distrito de Nova York, ele teve uma ascensão meteórica no Partido Republicano, mas sua carreira desmoronou após que vieram à tona uma série de mentiras sobre sua biografia. O ex-deputado afirmou falsamente ter formação em universidades renomadas, trabalhado em Wall Street e descendido de sobreviventes do Holocausto.
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Expulso da Câmara dos Representantes no fim de 2023, Santos tornou-se o sexto deputado da história americana a perder o mandato por decisão dos colegas.
Antes de sua prisão, tentou se reerguer politicamente por meio de um podcast e da venda de vídeos personalizados na internet.
O perdão a Santos reacende críticas a Trump por utilizar o poder presidencial de forma controversa. Em seu segundo mandato, o republicano já havia perdoado apoiadores envolvidos na invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Publicado por Felipe Dantas