Trump causa tensão no Palácio do Planalto: aceno a Lula preocupa governo

Jair Bolsonaro busca aliança com republicano, que já gerou polêmica internacional; encontro em terceiro país é planejado.

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(Imagem de reprodução da internet).

Lula e Trump: Aproximação Gera Alerta no Palácio do Planalto

A inesperada aproximação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abriu espaço para novas negociações, mas também acendeu alertas no Palácio do Planalto. Auxiliares de Lula avaliam que o gesto do republicano – que afirmou ter “excelente química” com o brasileiro – pode se transformar em arma política para a oposição.

Encontro Informal e Reação Inicial

O encontro informal entre os dois ocorreu nos bastidores da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, e foi celebrado inicialmente pelo governo como uma vitória diplomática. No entanto, a situação rapidamente se tornou complexa, com a imprevisibilidade de Trump sendo vista como um risco significativo.

Riscos Políticos e Estratégias do Governo

Trump tem histórico de constranger líderes estrangeiros em encontros oficiais, como ocorreu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o da África do Sul, Cyril Ramaphosa. Por essa razão, auxiliares de Lula defendem que o primeiro contato formal seja por telefone ou videoconferência, adiando a possibilidade de uma reunião presencial.

Oposição e Busca por um Terceiro País

Além disso, está na mesa a proposta de encontro em um terceiro país. Diplomatas brasileiros trabalham em alternativas num “território neutro”, como Malásia ou Itália, locais onde Lula terá compromissos internacionais em outubro. O objetivo seria reduzir a exposição a imprevistos em Washington ou em Mar-a-Lago, residência de Trump na Flórida.

Críticas e Acusações da Oposição

A oposição, no entanto, tenta capitalizar a situação. Parlamentares próximos a Jair Bolsonaro ironizam a cautela de Lula e acusam o presidente de “fugir” de um encontro direto. O senador republicano Shane Jett, aliado de Eduardo Bolsonaro, classificou o petista como “covarde” por priorizar a conversa remota.

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Desafios e Equilíbrio

Para o Planalto, o desafio é equilibrar os ganhos de uma abertura de diálogo com os riscos de que o aceno de Trump, recebido como gesto cordial, se transforme em palco de constrangimento político.

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