Trump, Camboja e Tailândia chegam a acordo para interromper combates na fronteira disputada, que causou 20 mortos e deslocamento de 500 mil pessoas
O presidente Donald Trump anunciou, nesta sexta-feira, 12, que os Estados Unidos, juntamente com o Camboja e o país vizinho, Tailândia, chegaram a um acordo para interromper os combates na fronteira disputada entre os dois países do Sudeste Asiático.
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A situação resultou em pelo menos 20 mortos durante a semana. Os confrontos recentes decorrem de uma antiga disputa sobre a demarcação de uma fronteira de 800 quilômetros, que remonta ao período colonial.
Além das vítimas fatais, os conflitos forçaram o deslocamento de aproximadamente meio milhão de pessoas, residentes em ambos os lados da fronteira. Ambos os países têm se acusado de serem os responsáveis pela escalada da tensão. O presidente Trump comunicou o acordo através de sua plataforma, Truth Social.
O anúncio inclui a retomada de um acordo de paz original, com a participação do primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim. Após a conversa com o presidente Trump, o ministro da Saúde do Camboja, Anutin Charnvirakul, afirmou que o Camboja cumprirá o cessar-fogo, e que qualquer violação do acordo deverá ser corrigida.
A diplomacia da China e da Malásia, como presidentes do bloco regional da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), desempenharam um papel crucial na mediação de um cessar-fogo em julho, após uma primeira série de confrontos que durou cinco dias.
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Em outubro, o apoio do presidente Trump foi direcionado a uma declaração conjunta entre Tailândia e Camboja, destacando acordos comerciais após o estabelecimento da trégua.
No entanto, a Tailândia suspendeu o acordo no mês seguinte, após soldados tailandeses serem feridos por minas terrestres na fronteira. Em Buriram, na Tailândia, Jirasan Kongchan, um agricultor local, expressou a necessidade de negociações diretas entre os países, em vez de mediação por potências estrangeiras.
Choeun Samnang, um evacuado cambojano, demonstrou alegria com a ligação do presidente para o primeiro-ministro tailandês, expressando otimismo com o avanço nas negociações e a possibilidade de um fim para os confrontos. “Não quero ver países em guerra.
Quero que tanto o Camboja quanto a Tailândia tenham paz”, afirmou Samnang, em entrevista à agência de notícias.
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