Normalização e Estratégias de Trump à Procura de Popularidade

Com o Dia de Ação de Graças se aproximando, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, busca impulsionar sua popularidade e fortalecer sua posição nas eleições de meio de mandato, conforme analisa o Coordenador do grupo de Análise de Estratégia Internacional da USP, Alberto Pfeifer.

Observa-se uma queda na avaliação positiva do presidente em diversas pesquisas. Em meados de novembro, um levantamento indicou uma vantagem do Partido Democrata para as “midterms”, que determinarão a composição da Câmara dos Deputados e do Senado.

A situação atual exige uma resposta estratégica por parte da administração.

Segundo Pfeifer, a Casa Branca tem tentado destacar os “feitos positivos” da agenda interna e externa do governo, visando estabelecer “três frentes de pacificação e normalização”. Essas frentes seriam:

• Resolução do conflito entre Rússia e Ucrânia;
• Cerco ao governo de Nicolás Maduro;
• “Mediação” das relações entre Israel e os estados árabes.

O coordenador da USP classifica a última frente como o “mais importante” dos movimentos do presidente americano. Recentemente, houve avanços significativos durante um encontro, ainda segundo o professor, com “muitos avanços”. Um desses avanços foi a promessa de normalização das relações entre Israel e os estados árabes.

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Trump declarou que a assinatura favorável ocorreria “logo”. Outro ponto abordado seria a assinatura de tratados de trocas de tecnologia. A abertura de perspectiva de um fluxo de capital e de investimentos também foi mencionada, com o objetivo de possibilitar a reconstrução de Gaza.

“Isso pode ser o marco da normalização das relações da Arábia Saudita não só com Israel, mas também com todo o Ocidente, o Oriente Médio e o norte da África – em contraposição ao Irã”, afirma Pfeifer.

O regime dos Aiatolás iranianos possui uma influência regional considerável e compete por espaço com os sauditas. No entanto, o professor aponta que “a Arábia Saudita sai fortalecida nessa disputa interna dos países muçulmanos.”