Revisão do Acordo USMCA em Debate com Possibilidade de Saída dos EUA

O presidente Donald Trump pode considerar a retirada dos Estados Unidos do acordo de livre comércio com México e Canadá (USMCA) no próximo ano, conforme reportagem publicada pelo site Politico nesta quinta-feira (4). A informação foi divulgada pelo representante comercial da Casa Branca, Jamieson Greer, que indicou que a prioridade do presidente é buscar acordos que sejam vantajosos para os EUA.

Greer explicou que a inclusão de um período de revisão no USMCA foi uma medida preventiva para permitir ajustes, análise ou, em última instância, a saída do acordo, caso necessário. Ele enfatizou que a decisão final ainda está em aberto e dependerá da avaliação dos benefícios para o país.

A reportagem também revela que o presidente Trump tem explorado a possibilidade de negociar separadamente com Canadá e México, dividindo o acordo em duas partes distintas. Greer confirmou ter discutido essa estratégia com Trump durante a semana, demonstrando a flexibilidade da administração em relação ao USMCA.

A Casa Branca não emitiu declarações oficiais para a Reuters, nem os governos canadense e mexicano responderam a um pedido de comentário. A situação ocorre em um momento crucial, com a proximidade da revisão formal do USMCA em 2026, e o aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou sua viagem a Washington para participar do sorteio da Copa do Mundo de 2026, que ocorrerá na capital americana na sexta-feira (5). Ela também planeja se reunir com o presidente dos EUA e o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, em encontros que serão considerados “breves” pela própria Sheinbaum.

Leia também:

Trump acompanha de perto análise da fusão Netflix-Warner Bros. por US$ 72 bilhões

CNU: Aplicação da 2ª Etapa Discursiva Realizada com Sucesso em 228 Municípios

União Europeia Adia Propostas Automotivas para Definir Prazos em 2026

A reunião entre os líderes se dá em um contexto de preparação para a revisão do USMCA, e com a crescente discussão sobre a possibilidade de os Estados Unidos renegociar ou deixar o acordo. A dinâmica entre os três países é complexa, com interesses divergentes e a busca por um equilíbrio que beneficie todas as partes envolvidas.