Trump assina lei que encerra paralisação orçamentária de longa data nos EUA. Debate sobre “Obamacare” segue aberto após acordo.
Após 43 dias de uma intensa disputa política entre republicanos e democratas, o governo americano foi reaberto nesta quarta-feira (12), com a assinatura da lei pelo presidente Donald Trump. A medida encerrava a paralisação orçamentária mais longa da história dos Estados Unidos, resultado de uma dura batalha por recursos financeiros.
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Trump assinou a lei, aprovada pela maioria republicana na Câmara dos Representantes, com 222 votos a favor e 209 contrários. Em seu discurso, o presidente enfatizou que o governo nunca se submeteria a “extorsão”, referindo-se à postura do governo democrata durante a crise.
A paralisação orçamentária forçou a demissão temporária de centenas de milhares de funcionários federais, causou cancelamentos de voos e gerou angústia entre famílias que dependiam de ajuda pública. Estimativas do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) indicam que o país perdeu até 14 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 74 bilhões na cotação atual) durante o período de bloqueio.
O Senado votou a favor da reabertura do governo, com a participação de oito democratas e a oposição de apenas um republicano. No entanto, os democratas não conseguiram avançar com a discussão sobre os subsídios para a cobertura de saúde, que foram um ponto central da disputa.
Os republicanos prometeram um debate futuro sobre o tema.
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A disputa revelou divisões dentro do próprio Partido Democrata, com alguns legisladores moderados optando por romper fileiras e apoiar a manutenção da paralisação. O líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, votou contra a reabertura, acompanhado pelo líder da bancada opositora na Câmara, Hakeem Jeffries.
A polêmica gira em torno do “Obamacare”, a reforma de saúde aprovada durante a presidência de Barack Obama, que enfrenta desafios para garantir a cobertura de saúde a milhões de americanos.
Pesquisas de opinião atribuíram a responsabilidade pela paralisação do governo à Trump e aos republicanos, devido à sua influência na Casa Branca e no Congresso. Apesar das tensões, a unidade republicana permaneceu forte, enquanto a indignação pública crescia.
A renovação geracional no partido, com a aposentadoria de Nancy Pelosi, e o questionamento sobre o futuro de Schumer, adicionaram complexidade à situação.
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