O presidente dos EUA, Donald Trump, reuniu-se com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e um grupo de líderes europeus em Washington, na segunda-feira (18), para abordar os termos da resolução do conflito ucraniano e os desfechos do encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca.
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Em uma coletiva de imprensa conjunta com o líder, Trump não rejeitou a possibilidade de envio de tropas americanas para a Ucrânia, antecedendo o início das negociações.
O presidente dos EUA afirmou que informaria sobre isso, possivelmente ainda hoje, em resposta a perguntas de jornalistas sobre sua prontidão para a decisão.
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Trump ressaltou que a Europa seria a primeira linha de apoio à Ucrânia. Ele complementou que os Estados Unidos também disponibilizariam “muita ajuda” à Ucrânia em relação à segurança, sem detalhar sua natureza.
O líder estadunidense mencionou que uma reunião tripartite com Volodymyr Zelensky e o presidente russo, Vladimir Putin, é necessária para finalizar o conflito na Ucrânia.
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“Nós nos telefonaremos [Trump e Putin] imediatamente após a reunião. Podemos ou não ter uma reunião trilateral. Se não houver reunião trilateral, os combates continuarão. Se houver, acredito que temos uma grande chance de um possível fim.”
Antes da reunião, Trump instou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a renunciar à reivindicação da península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, e à candidatura para ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), propondo que seriam concessões necessárias para solucionar o conflito com a Rússia.
Antes do início das negociações de segunda-feira, o presidente ucraniano declarou que coordenou posições com os líderes europeus antes do encontro com Trump, adiantando que Kiev está preparada para um “cessar-fogo efetivo”.
Juntamente com os líderes da Finlândia, Grã-Bretanha, Itália, Comissão Europeia e Secretário-Geral da Otan, coordenamos nossas posições antes do encontro com o presidente Trump. A Ucrânia está pronta para um cessar-fogo real e o estabelecimento de uma nova arquitetura de segurança. Precisamos de paz.
A delegação europeia que acompanha Zelensky inclui a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, o presidente finlandês, Alexander Stubb, o chanceler alemão, Friedrich Merz, e o presidente francês, Emmanuel Macron. Além disso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, também fazem parte da visita a Washington.
Resultados da reunião Putin-Trump
O presidente russo, Vladimir Putin, encontrou-se com Donald Trump, na última sexta-feira (15), no Alasca, para abordar a solução da guerra da Ucrânia. Contudo, não houve comunicados sobre acordos ou progresso efetivo no conflito. Os dois chefes de Estado, ainda assim, ressaltaram pontos positivos do diálogo e expressaram a intenção de prosseguir com as negociações.
A cúpula do Alasca foi considerada uma vitória diplomática do presidente russo, Vladimir Putin, que recebeu recepção solene no território dos Estados Unidos, na base militar do Alasca. O encontro bilateral teve duração de quase três horas e os dois líderes enfatizaram o progresso no diálogo.
Após as negociações, o presidente russo elogiou os esforços dos EUA em buscar uma solução para o conflito e expressou esperança de que essas negociações abrissem caminho para a paz. O que chamou a atenção no pronunciamento de Putin foi a retórica mais branda em relação à Ucrânia.
Em contrapartida ao tom hostil com que a diplomacia russa se referiu a Kiev, sempre tratando o governo de Zelensky como “ilegítimo”, Putin afirmou concordar com Trump de que a segurança da Ucrânia deve ser assegurada e declarou que a Rússia sempre considerou a Ucrânia como uma nação irmã, “por mais estranho que isso possa parecer nas atuais circunstâncias”.
Fonte por: Brasil de Fato
