Aumento de Tarifas e Tensão entre EUA e China
O presidente americano, Donald Trump (Partido Republicano), voltou a expressar preocupação com a situação comercial entre os Estados Unidos e a China. Em sua plataforma social, Truth Social, Trump anunciou a intenção de implementar um “aumento massivo de tarifas” sobre produtos chineses importados, em resposta à medida anunciada pela China de restringir a exportação de itens e tecnologias relacionados às chamadas terras raras.
O republicano classificou a iniciativa chinesa como “hostil”, argumentando que poderia afetar cadeias produtivas globais e impactar significativamente o comércio internacional. A medida visa evitar que tecnologias sensíveis sejam utilizadas para fins militares ou em áreas consideradas estratégicas fora do território chinês, com licenças de exportação concedidas caso a caso.
Terras Raras: Elementos Estratégicos
As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos cruciais para setores como defesa – aviões de caça e submarinos – e para produtos modernos, como smartphones, câmeras digitais e LEDs. A China detém uma posição dominante na produção desses recursos.
Trump criticou a escolha do momento para o anúncio chinês, que coincidiu com a assinatura de um acordo de paz entre Israel e Hamas. Ele questionou se a coincidência era genuína, levantando dúvidas sobre a intenção por trás da medida.
A situação afeta diretamente os EUA, mas também outros países dependentes desses recursos. O presidente recebeu expressa indignação de nações ao redor do mundo, que se sentiram pressionadas pela atitude chinesa.
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Trump enfatizou que a China acumulou um monopólio sobre “ímãs” e outros elementos estratégicos, e que os EUA possuem posições monopolistas “muito mais fortes e abrangentes”. Ele mencionou um encontro marcado entre ele e o líder chinês, Xi Jinping (PCCH, esquerda), para discutir a questão na reunião da APEC, que será realizada na Coreia do Sul.
No entanto, Trump colocou em dúvida a relevância do encontro, dada a situação atual. A questão da soja dos EUA também se tornou um ponto central na disputa, com a China suspendendo as compras nos últimos meses, o que afeta principalmente os estados de Nebraska, Iowa e Indiana, onde Trump obteve forte apoio nas eleições de 2024.
A China é um importante comprador de soja americana, e a suspensão das compras representa um desafio para a economia e o setor agrícola dos Estados Unidos. O Vietnã também está negociando tarifas recíprocas com os EUA, buscando alternativas para a soja, que importa principalmente do Brasil e da Argentina.