Mercado reage bem ao recuo de Trump em tarifas contra Pequim, porém especialistas preveem recuperação econômica limitada.
A Bolsa de Nova York encerrou a sessão de segunda-feira, 13, com ganhos significativos, buscando recuperar perdas anteriores após uma mudança na postura do presidente Donald Trump em relação à China. O movimento refletiu um alívio nas preocupações sobre uma possível escalada comercial entre os dois países.
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Os principais índices acionários apresentaram avanços notáveis. O Dow Jones subiu 1,29%, o índice Nasdaq avançou 2,29% e o S&P 500 registrou um aumento de 1,56%. Esses ganhos indicam uma reação positiva do mercado às novas declarações do presidente Trump.
Após ameaças de tarifas de até 100% sobre produtos chineses, Donald Trump parece ter adotado uma abordagem mais branda. O secretário do Tesouro de Trump, Scott Bessent, mencionou uma conversa entre Trump e Xi Jinping, buscando um desdobre nas negociações.
Segundo Adam Sarhan, da firma 50 Park Investments, essa estratégia é comum. “O presidente Trump utiliza a possibilidade de tarifas como ferramenta de negociação, e o mercado reage e se ajusta a essa situação”, afirmou à AFP.
O governo chinês expressou otimismo, enfatizando que não teme a situação. A China acusou os Estados Unidos de usar o conceito de segurança nacional para justificar controles de exportação, especialmente no setor de chips e semicondutores. A lista de controle de exportação dos EUA ultrapassa 3.000 itens, em comparação com os 900 da lista chinesa.
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Henry Huiyao Wang, ex-assessor do Conselho de Estado da China e presidente do think tank Center for China and Globalization (CCG), acredita que a China já aprendeu a lidar com as pressões de Trump, e que um equilíbrio entre os países será alcançado.
O preço do petróleo também apresentou recuperação nesta segunda-feira, impulsionado pelas declarações mais conciliatórias de Trump sobre a China. O contrato do Brent para entrega em dezembro subiu 0,94%, atingindo US$ 63,32, enquanto o barril do WTI para entrega em novembro caiu 1%, para US$ 59,49.
Apesar da recuperação, a Casa Branca continua aplicando tarifas setoriais, como as destinadas à madeira de construção e ao mobiliário, que entrarão em vigor nesta terça-feira. O mercado aguarda com expectativa a divulgação dos resultados financeiros trimestrais dos grandes bancos americanos, marcando o início da temporada de balanços. Essa divulgação pode trazer um cenário mais claro ou intensificar a incerteza.
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