Trump Assume Riscos com Aventuras Políticas na América do Sul
Donald Trump tem se envolvido em duas iniciativas arriscadas na América do Sul. Uma delas é tentar desmantelar a ditadura de Nicolás Maduro por meio de ações militares. O presidente americano declarou estar em conflito com os cartéis de narcotráfico da região, afirmando que o governo venezuelano está integrado a esse esquema. Nesta quinta-feira (23), Trump sinalizou que não descarta ataques a alvos terrestres dentro do território venezuelano, após já ter autorizado operações contra embarcações acusadas de apoiar os traficantes em águas internacionais do Mar do Caribe e do Pacífico.
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A complexidade dessa empreitada é considerável. Não há evidências de que o regime de Maduro esteja à beira do colapso, e mesmo que isso ocorra, permanece incerto quem o substituiria.
Riscos da Intervenção
A segunda aposta de Trump é igualmente ousada: buscar a estabilização financeira da Argentina, que enfrenta um novo colapso econômico. Para isso, ele pretende obter uma linha de crédito de US$ 20 bilhões, com garantias do Tesouro dos Estados Unidos.
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Isso significa que o dinheiro do contribuinte americano cobriria os custos, gerando críticas.
Abordagem Política
Apesar do combate ao crime organizado e às crises financeiras serem temas comuns nas relações entre os Estados Unidos e a América do Sul, a forma como Trump pretende alcançar seus objetivos – por meio da força – é nova. Há um componente geopolítico relevante, com o combate ao narcotráfico sendo apresentado como uma questão de segurança nacional americana e o possível colapso da economia argentina sendo visto por Trump como uma oportunidade para o aumento da influência de outros países na região, algo que ele busca evitar.
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No entanto, a postura agressiva de Trump pode criar armadilhas. Se não conseguir resultados rápidos em seus objetivos – derrubar Maduro e estabilizar a Argentina –, sua imagem pode ser prejudicada, transmitindo a impressão de derrota em suas próprias iniciativas.