Ataque naval mata 3 em operação contra tráfico; número de vítimas sobe para 70. Ações nos EUA elevam tensão com cartéis.
Um incidente envolvendo um ataque naval resultou na morte de três indivíduos na quinta-feira (6), conforme informado pelo chefe do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O ocorrido eleva o número total de vítimas fatais na campanha de Washington contra o tráfico de drogas em águas internacionais para pelo menos 70.
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A ofensiva, iniciada em setembro, tem se concentrado em embarcações interceptadas nas águas do Caribe e do leste do Pacífico. Alguns analistas têm questionado a legalidade das ações, classificando-as como “execuções extrajudiciais”, mesmo quando direcionadas a indivíduos conhecidos ligados ao tráfico.
O ataque mais recente, ocorrido em águas internacionais, visava uma embarcação associada a uma “Organização Terrorista Designada”, de acordo com o secretário do Departamento de Guerra, Pete Hegseth, que divulgou imagens aéreas do ataque na rede social X.
As imagens mostram a embarcação antes da explosão e das chamas. Três homens a bordo foram mortos.
A administração do presidente tem reforçado a presença militar na América Latina, justificando a medida como uma estratégia para combater o tráfico de drogas. Para isso, foram enviados seis navios ao Caribe, caças F-35 para Porto Rico e o grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald R.
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Ford foi direcionado à região. Demonstrações de força foram realizadas no mar do Caribe, próximo à costa dos Estados Unidos, em pelo menos quatro ocasiões desde meados de outubro.
O presidente venezuelano, , tem acusado Trump de tentar derrubar seu governo. O governo americano, por sua vez, descreve os cartéis de drogas latino-americanos como “grupos terroristas”, justificando os ataques. Famílias das vítimas e representantes de Direitos Humanos apontam que muitas das vítimas eram civis, principalmente pescadores.
O governo Trump informou ao Congresso que os Estados Unidos estão envolvidos em um “conflito armado” com os cartéis de drogas latino-americanos. O chefe de Direitos Humanos das Nações Unidas, Volker Turk, declarou que as mortes ocorreram “em circunstâncias que não encontram justificativa no direito internacional”.
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