Trump concede entrevista ao “60 Minutes” após cinco anos; edição controversa reacende debate sobre manipulação eleitoral. Acordo com a CBS gerou polêmica.
O programa “60 Minutes”, da CBS News, realizou no domingo (2 de novembro de 2025) uma entrevista com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), sua primeira participação no programa em cinco anos. No entanto, o conteúdo da conversa foi editado antes da transmissão.
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A entrevista entre Trump e a jornalista Norah O’Donnell durou 90 minutos, mas apenas 28 minutos foram exibidos na televisão. Posteriormente, a CBS disponibilizou a íntegra da entrevista online, com duração de 73 minutos.
As informações foram divulgadas pelo Poder360. O formulário de cadastro e alertas grátis foram disponibilizados em seu site, com o usuário concordando com os termos da LGPD. A edição do programa, apesar do formato, gerou atenção devido a um acordo anterior envolvendo cortes em uma entrevista com Kamala Harris, então vice-presidente, um ano antes.
Trump alegou que a edição da entrevista com Harris foi feita de forma a favorecer sua candidatura à presidência. Especialistas jurídicos consideraram o processo “infundado” e sem base legal sólida. Em julho, a CBS aceitou um acordo e um pagamento para resolver a questão.
Como parte do acordo, a emissora se comprometeu a divulgar as transcrições completas de futuras entrevistas com candidatos presidenciais. Durante o programa de domingo, Norah O’Donnell lembrou ao público do acordo judicial, ressaltando que “o acerto não incluiu pedido de desculpas nem admissão de culpa” por parte da emissora norte-americana.
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Em um trecho da entrevista que não foi exibido, Trump provocou a emissora sobre o pagamento do acordo e voltou a acusar o canal de manipular as edições. “Na verdade, o 60 Minutes me pagou muito dinheiro. Você não precisa colocar isso no ar, não quero te constranger”, disse Trump. “Mas o programa foi obrigado a me pagar porque cortou uma resposta dela [Kamala Harris] que era terrível, mudando o resultado da eleição, 2 dias antes da votação.
Colocaram outra resposta no lugar. E me pagaram muito dinheiro por isso. Não pode haver notícia falsa, tem que ser notícia legítima. E acho que isso está mudando”, acrescentou.
Em outro trecho, Trump elogiou a venda da CBS para a família Ellison e a nova editora-chefe da emissora, Bari Weiss, a quem chamou de “grande líder”. O presidente disse que não conhecia Weiss pessoalmente, mas afirmou que ouviu “dizer que ela é uma ótima pessoa” e que a emissora tem uma “nova líder incrível”.
Trump também fez elogios a David Ellison e Larry Ellison, pai e filho que agora estão no comando da Paramount, empresa da Skydance Media controladora da CBS News. “Acho que uma das melhores coisas que aconteceram foi essa nova gestão da CBS. É a melhor coisa que já aconteceu há muito tempo para uma imprensa livre, aberta e de qualidade”, afirmou.
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