Mudanças no Trabalho: Uma Nova Realidade Brasileira
Um recente estudo da Pluxee, em parceria com o Instituto Ipsos, revela uma transformação significativa na forma como os brasileiros encararam o trabalho. Os resultados apontam que, para 57% dos trabalhadores do país, a vida pessoal supera as responsabilidades profissionais.
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Este levantamento, que envolveu 8.700 pessoas em 10 países*, incluindo mais de mil brasileiros, demonstra que o engajamento no trabalho está evoluindo, acompanhando ciclos, prioridades e as diferentes fases da vida de cada indivíduo. A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira, 2, também reuniu 80 depoimentos qualitativos e análises de especialistas para entender os fatores que motivam ou desmotivam os profissionais a permanecerem conectados às suas empresas, além de identificar o que eles esperam em troca.
O Conceito de Engajamento em Transformação
Para Fabiana Galetol, diretora executiva de Pessoas e Responsabilidade Social Corporativa da Pluxee no Brasil, o engajamento continua relevante, mas se distancia do modelo tradicional. Ela enfatiza que, para os profissionais, o engajamento está ligado a ciclos de vida, desafios e conquistas, tanto no âmbito profissional quanto pessoal.
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A busca por uma relação integrada, onde o profissional pode desenvolver-se sem comprometer sua vida pessoal, é uma prioridade crescente. Galetol reforça que o equilíbrio não é uma fórmula rígida, mas sim um movimento contínuo, que envolve atuar de forma sustentável, com propósito e autonomia, conciliando prioridades.
Os Oito Perfis do Trabalhador Brasileiro
A pesquisa categoriza os trabalhadores em oito grupos distintos, refletindo diferentes visões sobre o trabalho e a vida. Entre eles, encontramos os “Guardiões do Propósito” (23%), que priorizam causas sociais e valores pessoais; os “Forasteiros” (18%), que buscam apenas o sustento; os “Normativistas” (17%), que equilibram vida e trabalho com participação social; os “Funcionais” (11%), que colocam a vida pessoal em primeiro lugar; os “Workaholics” (10%), que dedicam grande parte do tempo ao trabalho; os “Envolvidos” (9%), que buscam equilíbrio entre carreira, vida pessoal e comunidade; os “Totalmente Engajados” (7%), que se dedicam integralmente ao trabalho, mas com equilíbrio; e os “Coletivistas” (5%), que priorizam a vida pessoal e o impacto social.
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Este retrato demonstra que não existe um modelo único de sucesso ou engajamento, e que as expectativas dos trabalhadores estão em constante evolução.
Confiança, Otimismo e a Busca por Reciprocidade
Os trabalhadores brasileiros demonstram um alto nível de confiança no futuro (85%), com 77% relatando humor positivo. No entanto, essa confiança não se traduz em lealdade incondicional. Embora 88% gostem do lugar onde trabalham, apenas 29% permaneceriam ali exclusivamente por interesse próprio.
A pesquisa aponta uma mudança cultural: 57% priorizam a vida pessoal. Apenas 12% veem o trabalho como centro da vida. Para Galetol, essa mudança indica um novo pacto entre empresas e colaboradores, baseado na reciprocidade. As companhias precisam criar ambientes que favoreçam conexões humanas, pertencimento e apoio às diferentes fases de carreira.
A motivação para o trabalho se divide entre pagar as contas (63%) e se sentir inspirado pelo ambiente e pelos colegas (57%), além de gostar do que faz (53%).
Expectativas e Necessidades do Trabalhador Moderno
A pesquisa revela que os profissionais buscam um ambiente de trabalho que valorize o reconhecimento, a autonomia e a flexibilidade. Além disso, eles esperam benefícios que atendam às suas necessidades individuais, como apoio psicológico, programas de bem-estar e oportunidades de aprendizado contínuo.
A busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional é uma prioridade, e os trabalhadores valorizam empresas que ofereçam soluções personalizadas e que promovam um ambiente saudável e inclusivo. A pesquisa demonstra que o futuro do trabalho está ligado à capacidade das empresas de entender e atender às necessidades dos seus colaboradores, construindo relações de confiança e reciprocidade.
A visão de Galetol é que o engajamento é uma via de mão dupla, onde ambas as partes contribuem para um ambiente de trabalho mais produtivo e satisfatório.
