Tornado causa destruição no Paraná e exige urgência das autoridades, alerta especialista. Evento climático extremo repete-se no Brasil e no mundo.
O tornado que causou danos significativos em 90% da cidade paranaense e resultou em pelo menos 750 feridos, exige uma resposta imediata e de “desespero e urgência” das autoridades, defendeu o secretário-executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini.
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O evento que gerou a crise, começou a se manifestar na próxima segunda-feira (10).
O desastre ocorrido no Paraná representa uma repetição de eventos climáticos extremos que têm se intensificado em diversas regiões do Brasil e do mundo. A situação se repete na Amazônia, no Rio Grande do Sul, em São Sebastião, em Petrópolis, no norte de Minas, sul da Bahia, e em escala global. Astrini ressaltou que os últimos dez anos foram os mais quentes já registrados, evidenciando a crescente gravidade da situação.
O especialista criticou a tendência de que eventos como este não sejam totalmente incorporados às discussões em conferências climáticas, apontando que muitas vezes as reuniões permanecem distantes da realidade dos impactos climáticos. Ele espera que o evento no Paraná seja mencionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da COP, na segunda-feira (10), para que essa “realidade” sensibilize os países participantes sobre a urgência da situação.
A oceanógrafa Renata Nagai, pesquisadora da , com apoio do Instituto Serrapilheira, explicou que, embora as mudanças climáticas estejam associadas ao aumento da frequência e intensidade de tornados, o desequilíbrio climático contribui para o aumento da umidade e da temperatura, que atuam como “combustível” para esses eventos.
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Tornados são colunas de ar que giram em alta velocidade, formados a partir de nuvens de tempestades, e são favorecidos por alta umidade e ar quente.
O professor e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Michel Mahiques afirmou que fenômenos como o tornado no Paraná podem se tornar mais comuns. Ele atribui o aumento da probabilidade de eventos extremos a grandes diferenças de pressão atmosférica, causadas por massas de ar com propriedades distintas, e ao aumento da umidade e temperatura, impulsionados pelas mudanças climáticas.
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