Um estudo publicado na revista Nature Medicine, em 17 de novembro de 2025, revela que a tirzepatida, componente ativo do medicamento Mounjaro, pode influenciar a forma como o cérebro processa os pensamentos relacionados à comida. A pesquisa se concentra no conceito de “ruído alimentar”, que se refere a pensamentos persistentes sobre comida, que vão além da simples sensação de fome.

Implicações no Núcleo Accumbens

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia investigaram como o Mounjaro altera a atividade no núcleo accumbens, uma região cerebral crucial para a recompensa, motivação e potencial vício. O estudo utilizou eletrodos implantados em três pacientes com obesidade severa e histórico de compulsão alimentar, conectados a um neuroestimulador.

Intervenção com Estímulos Elétricos

Em dois dos pacientes, os pesquisadores aplicaram estímulos elétricos no núcleo accumbens, buscando reduzir o impulso de comer. O terceiro participante, que estava em tratamento com uma dose alta de tirzepatida para diabetes tipo 2, teve o eletrodo implantado.

Nos meses seguintes, enquanto utilizava o medicamento, seus impulsos de comer compulsivos diminuíram significativamente.

Retorno dos Impulsos e Tolerância

Após cinco a sete meses, os pesquisadores notaram um aumento na atividade cerebral associada à compulsão alimentar no cérebro do terceiro participante. Isso gerou preocupação sobre um possível retorno dos desejos incontroláveis por comida. E, de fato, os impulsos retornaram, mesmo com o uso contínuo da tirzepatida, sugerindo que o paciente pode ter desenvolvido tolerância ao efeito da medicação.

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Relato de Uso e Resultados

Um político, ex-presidente da Câmara dos Deputados, relatou ter perdido 30 quilos em 2024 com o uso de Mounjaro, retornando ao seu peso anterior. Ele expressou que o medicamento, juntamente com outros tratamentos para diabetes, proporcionou a capacidade de emagrecimento e melhorou sua saúde geral.

Deputados do PP-AL, União Brasil-BA e senador do PSD-AM também relataram o uso do medicamento.