The Medulloblastoma Initiative vira referência global com testes clínicos
Fernando Goldsztein lança iniciativa para salvar vidas de 15 mil crianças com medulloblastoma anualmente.

Testes Clínicos Inovadores para Crianças com Meduloblastoma
Dois pacientes representam uma nova esperança no tratamento do meduloblastoma, um câncer cerebral fatal para 35% dos pacientes. O The Medulloblastoma Initiative (MBI), liderado pelo empresário gaúcho Fernando Goldsztein, iniciou testes clínicos com crianças, com o objetivo de selecionar até 18 pacientes para um tratamento revolucionário que pode pavimentar o caminho para a cura em até 18 meses.
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Origem do Projeto
O MBI surgiu após o diagnóstico de meduloblastoma em 2015 no filho de Goldsztein, Frederico. Em 2019, o tumor voltou, impactando a chance de cura. A iniciativa se concentra em pacientes com reincidência do tumor, buscando uma solução para este perfil de pacientes.
“A imensa maioria das iniciativas pela cura de doenças é feita como tributo a pessoas que morreram. O MBI foi criado para salvar meu filho e milhares de outras crianças”, afirma Goldsztein. “Por não ser um tributo, temos um senso de urgência diferente. Um ano ou dois fazem muita diferença”.
Tratamento Inovador
O tratamento do MBI é uma imunoterapia, que visa fortalecer o sistema imunológico da criança para atacar especificamente o DNA do tumor. É personalizado para cada criança, partindo da coleta de dados do tumor e dos linfócitos.
Os protocolos de tratamento tradicionais, desenvolvidos na década de 1980, podem causar efeitos colaterais graves, como problemas cognitivos e atraso no crescimento, mesmo em crianças curadas. O tratamento do The Medulloblastoma Initiative (MBI) utiliza imunoterapia personalizada, que ataca diretamente o DNA do tumor, melhora a taxa de cura e minimiza danos ao desenvolvimento físico e neurológico das crianças.
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Colaboração Científica
O MBI mobiliza empresas e doadores privados de todo o mundo para encontrar a cura da doença. A parte clínica é coordenada pelo médico Roger Packer, do Children’s National Hospital, de Washington. Ele é responsável por liderar um consórcio com 14 laboratórios nos Estados Unidos, Canadá e Europa que trocam informações para acelerar os avanços.
“No MBI, cada um tem uma peça do quebra-cabeça, com informações divididas. Este modelo de pesquisas é diferente do usual, e pode servir como um novo protocolo para a possível cura de outras doenças pediátricas graves”, diz Goldsztein.
Perspectivas Futuras
O começo dos testes do MBI pode ser um marco. “Estamos no limiar de uma nova era do tratamento do câncer cerebral infantil”, projeta o Dr. Roger Packer. “Em cinco anos, acredito que teremos terapias inovadoras e personalizadas que podem transformar um diagnóstico altamente devastador em uma condição mais tratável, com melhores taxas de sobrevivência e qualidade de vida.”
As duas crianças que já começaram seu tratamento, e mais milhares de crianças diagnosticadas com a mesma doença do Frederico, aguardam ansiosamente por esta nova era.
Para doar para o The Medulloblastoma Initiative, acesse o site https://mbinitiative.org/pt/