Tetsuya Yamagami, de 45 anos, foi formalmente acusado de cometer o atentado contra o ex-primeiro-ministro japonês. A confissão ocorreu na terça-feira, 28 de outubro de 2025, durante a primeira audiência judicial do caso. O ex-primeiro-ministro permaneceu no cargo em dois períodos distintos: de 2006 a 2007 e de 2012 a 2020.
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Yamagami foi preso no local do ataque em 8 de julho de 2022, após supostamente disparar contra Abe utilizando uma arma caseira. O incidente ocorreu enquanto o ex-premiê participava de um evento da campanha eleitoral na cidade de Nara, localizada no oeste do Japão.
Segundo a emissora pública NHK, Yamagami declarou: “É verdade que eu fiz isso”. O ex-integrante da Marinha japonesa aparentava calma, vestindo um moletom preto e calças cinzas, com o cabelo comprido preso durante o depoimento.
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Um advogado de Yamagami solicitou a redução da pena, argumentando que a arma caseira utilizada não se enquadrava nas categorias de armas de fogo definidas pela Lei de Controle de Armas de Fogo e Espadas do Japão, conforme reportado pela NHK.
Yamagami atribuiu a ação ao ressentimento em relação a Shinzo Abe, motivado pelo apoio do ex-premiês à Igreja da Unificação. Ele alegou que sua mãe havia doado cerca de US$ 660 mil para o grupo, que é conhecido por seus casamentos coletivos e pela importância dos seguidores japoneses como fonte de renda, segundo informações da mídia local.
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A Igreja da Unificação foi fundada na Coreia do Sul em 1954.
Relatos indicam que mais de cem congressistas do partido de Abe possuíam ligações com a Igreja da Unificação, o que impactou o apoio público ao partido governista.
O julgamento ocorreu no mesmo dia em que a atual primeira-ministra (Partido Liberal Democrata, direita) e o presidente dos Estados Unidos (Partido Republicano) participavam de eventos.
Estão previstas 17 audiências até o final de 2025, com o veredicto final marcado para 21 de janeiro de 2026.
