Tesouro Nacional embraia emissão de títulos no mercado americano, arrecadando US$ 2,25 bi com títulos sustentáveis “GLOBAL 2033”. Goldman Sachs lidera operação.
O Tesouro Nacional arrecadou US$ 2,25 bilhões nesta quinta-feira através da emissão de títulos da dívida pública no mercado americano. A operação envolveu a introdução de títulos sustentáveis, conhecidos como “GLOBAL 2033 Sustentável”, com vencimento em 2033.
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Além disso, houve a reabertura do benchmark de 10 anos, o “GLOBAL 2035”.
O título “GLOBAL 2033” foi emitido em um valor de US$ 1,5 bilhão, apresentando um cupom de juros de 5,500% ao ano, com pagamentos semestrais realizados nos dias 4 de fevereiro e agosto. A emissão ocorreu a um preço de 98,515% do valor nominal, gerando uma taxa de retorno de 5,75% ao ano, com um spread de 187,4 pontos-base em relação à referência do Tesouro dos Estados Unidos.
Os títulos sustentáveis foram projetados para atrair investidores interessados em projetos que promovam a sustentabilidade, a mitigação das mudanças climáticas e a conservação de recursos naturais. O volume da emissão do “GLOBAL 2035”, conhecido como benchmark, foi ampliado em US$ 750 milhões, representando um aumento de 30% em relação à emissão original.
A soma total emitida, incluindo a reabertura, alcançou US$ 4,5 bilhões em circulação.
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A forte demanda pela reemissão do título, lançada no início do ano, demonstra a confiança dos investidores na solidez e atratividade da dívida soberana brasileira. A emissão atraiu mais de 150 participantes no livro de ofertas, com a demanda superando em cerca de três vezes o volume emitido, atingindo um pico de US$ 6,7 bilhões.
A alocação da emissão contou com a participação de investidores não residentes e de contas ESG (Ambiental, Social e Governança), com 74% dos papéis provenientes da Europa e América do Norte. Esses títulos visam fornecer ao Brasil recursos no mercado internacional para se preparar para o pagamento de dívidas futuras em moeda estrangeira.
O objetivo da operação é fortalecer a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, oferecendo uma referência para o setor corporativo e antecipando o refinanciamento das dívidas em moeda estrangeira. A emissão contribui para a redução do custo de financiamento e fortalece pontos estratégicos da curva, frequentemente utilizados como referência por emissores corporativos.
A operação foi liderada pelos bancos Citibank, Deutsche Bank e Goldman Sachs. Os recursos obtidos com a emissão serão utilizados para pagar uma parte da dívida pública externa já existente, o que pode contribuir para a melhoria do perfil da dívida e aumentar a segurança para os investidores.
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