Califórnia avalia proibir venda de veículos Tesla após alegações sobre “Autopilot”. DMV questiona propaganda enganosa e busca negociações com a Tesla.
A Califórnia enfrenta a possibilidade de proibir a venda de veículos Tesla dentro do estado por um período de 30 dias. A decisão surge após o Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia (DMV) argumentar que o termo “Autopilot”, utilizado para descrever o recurso de assistência ao motorista da Tesla, constitui uma propaganda enganosa.
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A situação poderia ter levado à suspensão imediata das vendas da empresa, conforme decisão anterior de um juiz administrativo.
No entanto, o DMV anunciou na terça-feira (16) que suspenderá a medida por 90 dias, buscando continuar as negociações com a fabricante de veículos elétricos. Em comunicado, o DMV declarou que os veículos Tesla não atendem à promessa implícita no termo “Autopilot”, pois não operam como veículos totalmente autônomos.
A Tesla e seu CEO, Elon Musk, frequentemente fazem declarações sobre as capacidades dos carros da empresa, o que impulsionou as vendas e o valor das ações. A montadora ressalva que os motoristas devem estar atentos e prontos para assumir o controle do veículo em caso de falhas, mesmo ao utilizar os recursos de assistência ao motorista.
Em resposta ao processo do DMV, a Tesla alterou o nome formal do recurso mais abrangente, que antes era chamado de “Condução Autônoma Total”, agora é denominado “Condução Autônoma Total (Supervisionada)”, embora o termo “FSD” (Full Self-Driving) continue sendo utilizado por Musk e seus seguidores.
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O “Autopilot” oferece recursos como frenagem automática, redução de velocidade em situações de tráfego lento e alertas de ponto cego. O “FSD”, mesmo na versão supervisionada, deve ser capaz de dirigir o carro, exigindo que o motorista permaneça alerta e pronto para assumir o controle.
O Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia não é o único a questionar a segurança dos veículos autônomos da Tesla. Órgãos reguladores federais de segurança estão conduzindo investigações sobre acidentes envolvendo o uso desses recursos.
Em agosto, um júri da Flórida considerou a Tesla culpada por um acidente de 2019 envolvendo um Model S equipado com “Autopilot” e ordenou que a empresa pagasse US$ 329 milhões à família da vítima e ao sobrevivente.
A Califórnia é um mercado crucial para as vendas da Tesla e abriga uma de suas fábricas nos EUA. As ações da Tesla apresentaram alta recorde na terça-feira (16), antes da decisão do órgão regulador, com alta de 3% no dia e 21% no ano. Por volta das 16h20 desta quarta (17), os papéis da empresa apresentavam queda de mais de 4%.
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