Tempestades Solares: Impacto Global! Explosão solar X5.1 causa apagões na Europa e África. Auroras boreais vistas em Cornwall. NOAA e Met Office em alerta
Uma onda de intensidade extraordinária está se propagando por todo o planeta, afetando continentes simultaneamente. Alertas emitidos por agências como a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) e o Met Office britânico apontam para um fenômeno global, com potencial para impactar diretamente a magnetosfera terrestre e gerar consequências visíveis em diversas regiões.
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O evento é impulsionado por múltiplas ejeções de massa coronal (CMEs), originadas por explosões solares de alta energia, incluindo a erupção classificada como X5.1 registrada na terça-feira, 11.
A erupção X5.1 causou apagões de rádio (nível R3) em grande parte da Europa e da África, comprometendo comunicações em áreas extensas. A visualização de auroras boreais, tradicionalmente restrita a regiões polares, se expandiu significativamente devido à intensidade da tempestade geomagnética.
No Reino Unido, o Met Office emitiu alertas para tempestades G3 e G4, com relatos de auroras até o extremo sul da Inglaterra, em Cornwall.
Os impactos da tempestade solar vão além da beleza das auroras. Partículas carregadas emitidas pelo Sol podem interferir no funcionamento de satélites, sistemas de GPS, redes elétricas e comunicações por rádio de alta frequência. A degradação de sinais de rádio em latitudes acima de 50 graus – abrangendo grande parte da Europa, América do Norte e regiões do norte da Ásia – é um dos efeitos mais imediatos.
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A NOAA prevê auroras visíveis em grande parte dos Estados Unidos, com potencial de alcance até o Alabama e o norte da Califórnia, além de Canadá, Islândia, Escandinávia e Groenlândia.
A vulnerabilidade dos sistemas modernos é amplificada pela comparação com eventos passados. O evento de Carrington, em 1859, atingiu intensidade estimada entre –0,80 e –1,75 μT, causando falhas generalizadas nos sistemas de telégrafo da Europa e América do Norte.
Operadores receberam choques e equipamentos pegaram fogo. Estudos recentes sugerem que um evento similar hoje poderia interromper sistemas globais de internet, redes elétricas e navegação por satélite, gerando perdas econômicas trilionárias.
Evidências extraídas de núcleos de gelo na Antártica documentam um evento ainda mais intenso ocorrido por volta do ano 774 – conhecido como Evento Miyake –, sugerindo que tempestades solares extremas podem acontecer a cada 500 anos, em média.
Pesquisadores desenvolvem novos sistemas de previsão, como modelos de “semáforo magnético” que alertam com alguns dias de antecedência. No entanto, a alta variabilidade da velocidade das CMEs – que pode chegar a 3.000 km/s – ainda limita a eficácia das previsões de longo prazo.
O Brasil, devido à sua latitude, não está sujeito à visualização direta das auroras, mas ainda pode enfrentar instabilidades em sistemas de satélite e comunicações, além de monitorar possíveis interferências em operações críticas.
As tempestades solares são erupções poderosas de energia emitidas pelo Sol, compostas por explosões solares (solar flares) e ejeções de massa coronal (CMEs). Explosões solares são rajadas intensas de radiação eletromagnética geradas quando campos magnéticos distorcidos na atmosfera solar se reorganizam abruptamente – um processo conhecido como reconexão magnética.
Ejeções de massa coronal são expulsões massivas de plasma e campos magnéticos da coroa solar.
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