Um telescópio da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (Nasa), o Telescópio Espacial Hubble, fotografou a aproximação do cometa 3I/Atlas à Terra. A agência americana divulgou a imagem em 30 de novembro, após o Hubble rastrear o cometa durante seu movimento no céu.

Como resultado, rastros de luz foram capturados, revelando as estrelas de fundo.

A Nasa estima que o 3I/Atlas se aproximará no máximo de 270 milhões de quilômetros da Terra. A agência afirma que o cometa não representa nenhuma ameaça.

O 3I/Atlas é o terceiro objeto interestelar detectado. Anteriormente, foram identificados o 1I/‘Oumuamua, em 2017, e o 2I/Borisov, em 2019.

Astrônomos da Agência Espacial Europeia (ESA) suspeitam que o 3I/Atlas seja o cometa mais antigo já observado, com uma idade de 3 bilhões de anos superior à do Sistema Solar, que tem 4,6 bilhões de anos.

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Antes do Hubble, a sonda espacial Jupiter Icy Moons Explorer (Juice), da ESA, já havia registrado a aproximação do 3I/Atlas à Terra, em 2 de novembro. A Juice utilizou cinco de seus 10 instrumentos científicos para observar o objeto interestelar.

Os instrumentos da Juice coletaram informações sobre o comportamento do cometa e sua composição. A imagem foi capturada pela câmera de navegação, projetada para auxiliar a Juice na navegação pelas luas geladas de Júpiter após sua chegada em 2031.

Os dados completos da sonda deverão ser recebidos em 18 e 20 de fevereiro de 2026. No entanto, os cientistas divulgaram um quarto da imagem registrada pela câmera de navegação. A foto revela a coma brilhante de gás que envolve o núcleo do cometa e duas caudas.

A “cauda de plasma” do cometa, composta de gás eletricamente carregado, se estende para a parte superior da imagem. A “cauda de poeira”, formada por minúsculas partículas sólidas, se estende para a parte inferior esquerda da imagem. A maior aproximação da Juice ao 3I/Atlas ocorreu em 4 de novembro, a uma distância de aproximadamente 66 milhões de quilômetros.