Telescópio ATLAS identifica cometa interestelar 3I/ATLAS como terceiro objeto confirmado no Sistema Solar. Dados do JWST revelam composição incomum com CO₂
Em 1º de julho de 2025, o telescópio ATLAS, localizado no Chile, identificou o cometa 3I/ATLAS, consolidando-o como o terceiro objeto interestelar confirmado. A trajetória hiperbólica e a alta velocidade do cometa indicam que ele não possui origem no Sistema Solar.
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Dados obtidos pelo telescópio James Webb (JWST) revelaram uma composição incomum, com a coma dominada por dióxido de carbono (CO₂), em quantidade superior à observada em cometas da região interna do Sistema Solar. Essa característica sugere uma estrutura mista e primitiva.
A diversidade de materiais detectados no cometa 3I/ATLAS desafia os modelos atuais de formação de cometas. A intensa atividade, com a ejeção contínua de poeira e gás, juntamente com a presença simultânea de elementos voláteis e metais, contradiz a expectativa de maior estabilidade química e menor atividade em objetos formados longe de suas estrelas.
O padrão de atividade registrado pelo cometa 3I/ATLAS também questiona o entendimento sobre o comportamento dos cometas ao atravessar diferentes ambientes interestelares. A velocidade de liberação do gás e a estrutura da coma se distinguem das observadas em outros cometas, como 1I/ʻOumuamua e 2I/Borisov.
O cometa 3I/ATLAS se distancia rapidamente do Sistema Solar, com a maior aproximação da Terra prevista para 19 de dezembro, a 269 milhões de quilômetros. Cientistas de diversos países se organizam para observá-lo, utilizando espectrômetros e radares para mapear sua estrutura com precisão.
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A coleta de dados ocorre em ritmo acelerado, com a esperança de compreender processos de formação de corpos menores.
A confirmação de que o 3I/ATLAS carrega elementos químicos incomuns pode impactar teorias sobre a distribuição de materiais no espaço interestelar. Além disso, pode gerar revisões sobre a formação e interação de planetas e seus satélites com corpos menores.
Apesar de algumas especulações sobre sua natureza artificial, a maioria dos pesquisadores considera o cometa como um objeto ativo.
A principal expectativa é que o objeto permita uma calibração mais precisa dos modelos de formação planetária e composição de sistemas extrassolares, com potencial para gerar descobertas nos próximos anos.
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