TCU exige esclarecimentos do BC sobre liquidação extrajudicial do Banco Master

TCU exige explicações do BC sobre liquidação do Banco Master em 72 horas. Tribunal avalia sanção como uma das mais severas no sistema financeiro.

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(Imagem de reprodução da internet).

O Tribunal de Contas da União (TCU) estabeleceu um prazo de 72 horas para que o Banco Central do Brasil (BC) apresente esclarecimentos sobre a liquidação extrajudicial do Banco Master, um evento anunciado em novembro. A medida, motivada por indícios de precipitação na decisão, representa uma das sanções mais severas aplicadas ao sistema financeiro nacional.

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Oitiva e Medidas Cautelares

Em despacho, o ministro relator do processo determinou a realização de uma oitiva prévia do Banco Central, solicitando manifestação circunstanciada no prazo de 72 horas. O objetivo é obter esclarecimentos e elementos necessários para a análise do caso.

O tribunal também avalia a possibilidade de adoção de medidas cautelares para proteger a massa liquidanda, garantindo o valor dos ativos enquanto a legalidade do processo é examinada.

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Dúvidas sobre Alternativas e a Aquisição do Banco Master

O relator do processo questiona se o Banco Central esgotou alternativas menos gravosas antes de aplicar a liquidação extrajudicial. Uma proposta de aquisição do Banco Master pelo Grupo Fictor, avaliada em R$ 3 bilhões, havia sido apresentada meses antes da sanção.

A investigação surge a partir de uma representação do Ministério Público junto ao TCU, que aponta possíveis falhas e omissões na supervisão da instituição, incluindo a demora na análise de soluções menos severas.

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Aceleração da Decisão e Sigilo do Processo

A decisão de liquidação extrajudicial foi tomada no mesmo dia em que a Polícia Federal prendeu o controlador do banco e outros executivos. O TCU está acompanhando de perto a atuação do Banco Central, avaliando se o regulador cumpriu seus deveres legais, incluindo a análise de alternativas menos gravosas.

O processo que apura uma possível omissão do Banco Central nas operações do Banco Master foi colocado sob sigilo.

Investigação em Andamento

O 1º pedido do Ministério Público junto ao TCU para que abrisse uma investigação foi em junho. O objetivo era avaliar as supostas falhas do BC por não acompanhar o que chamou de “operações temerárias” do banco durante a gestão de Vorcaro e por não divulgar os seus riscos para proteger os investidores.

O tribunal alegou falta de indícios que caracterizassem as irregularidades. O pedido mais recente de investigação foi apresentado pelo subprocurador do MP junto ao TCU, Lucas Furtado, em 19 de novembro, 1 dia depois da decretação da liquidação extrajudicial do Master.

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