TCU aponta riscos e deficiências nas projeções do PLOA de 2026

TCU aponta riscos em projeções do PLOA 2026, questiona PL 1.303 e pede mais transparência fiscal.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

A Corte de Contas da União (TCU) expressou nesta quarta-feira (3) preocupações significativas com as projeções macroeconômicas incluídas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026. O Tribunal identificou “risco significativo” na possibilidade de essas projeções se concretizarem, levantando questões sobre a viabilidade do arcabouço fiscal para os próximos anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Análise das Projeções do PIB e Déficit

A Corte considerou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,44% em 2026, o que pode levar à subestimação do déficit primário. Além disso, o TCU não conseguiu avaliar a precisão das projeções das principais receitas e despesas primárias, devido à falta de documentação metodológica adequada.

Deficiências Metodológicas e Riscos

A ausência de uma metodologia padronizada, completa e reproduzível para examinar a adequação e consistência dos modelos utilizados, contribui para o aumento dos riscos de novos contingenciamentos e dificulta o cumprimento das metas fiscais. A Corte ressaltou a necessidade de maior rigor na avaliação das projeções.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Impacto da Medida Provisória 1.303/2025

O TCU também comentou sobre a perda de eficácia da Medida Provisória 1.303/2025, que propunha a tributação de aplicações financeiras e ativos virtuais no país. As previsões orçamentárias baseadas nessa medida ficaram sem fonte de financiamento, gerando risco de insuficiência orçamentária.

Recomendações para o Ministério da Fazenda e o MPO

A Corte determinou ao Ministério da Fazenda e ao Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) que apresentem, no prazo de 60 dias, estudos técnicos demonstrando como compatibilizar os resultados fiscais efetivos com as projeções para os próximos anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

Também foi solicitado que apresentem o nível de esforço fiscal necessário para estabilizar a dívida bruta do governo geral em relação ao PIB no período de dez anos.

Limites para Emendas Parlamentares

O TCU recomendou que, a partir dos próximos PLOAs, seja estabelecido um limite individual para as emendas classificadas como “RP 8”, independentemente da previsão de reservas. Essas emendas de comissão são frequentemente utilizadas para ajustar o orçamento.

A Corte reforçou a importância de manter a dívida pública em níveis sustentáveis e alertou o governo sobre a perda de credibilidade das regras fiscais vigentes devido à prática de exclusão de despesas e renúncias de receitas para fins de cumprimento das metas fiscais.

A transparência das estatísticas fiscais também foi destacada como um elemento crucial para o controle e a responsabilidade.

Sair da versão mobile