Governador de SP alerta: “Precisamos proteger reserva estratégica”. Taxa de importação de combustível atinge 18%. Leia agora!
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou na segunda-feira, 20 de outubro de 2025, que o etanol não deveria ser objeto de negociação, em referência às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano).
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Durante sua participação na 25ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, realizada em São Paulo, Tarcísio afirmou que o Brasil precisa proteger suas reservas estratégicas. A declaração visa garantir a segurança da produção nacional.
“Vamos fornecer o etanol que vai mover as embarcações. Isso significa que é uma demanda extraordinária e não precisamos fazer concessões daquilo que é reserva estratégica do Brasil”, disse Tarcísio.
“Não temos que colocar isso na mesa de negociação. Pelo contrário, temos que proteger essa reserva estratégica. Temos que prestigiar aqueles que estão fazendo a diferença, que apostaram em tecnologia, que dão duro, que têm calos nas mãos”, acrescentou.
A declaração do governador de São Paulo ocorre após gigantes sucroenergéticas, em conjunto com a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), negarem que estejam negociando com o governo federal a redução da tarifa de importação de 18% aplicada ao etanol norte-americano.
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Por meio de nota, afirmaram que a associação e suas associadas “mantêm posição unificada em defesa da previsibilidade regulatória, da reciprocidade comercial e do respeito às regras internacionais de comércio, pilares que asseguram a competitividade da bioenergia brasileira e o interesse nacional”.
Lê-se ainda: “O etanol brasileiro é um ativo estratégico de soberania nacional -e não pode ser tratado como moeda de troca em negociações comerciais”.
O Brasil impõe tarifas sobre o etanol importado dos EUA como medida de proteção da indústria nacional, baseada na produção de etanol de cana-de-açúcar. A medida busca equilibrar a concorrência com o etanol norte-americano, feito a partir do milho, que entra no mercado brasileiro com preços mais baixos por causa de subsídios do governo norte-americano. Os EUA subsidiam seus produtores de milho, o que reduz artificialmente os preços.
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