Afeganistão Experimenta Interrupção Generalizada de Serviços de Internet e Telefonia
Os serviços de internet e telefonia móvel em todo o Afeganistão ficaram interrompidos na terça-feira (30). Apesar da falta de explicações imediatas por parte do governo Talibã, o movimento tem demonstrado preocupação com a disseminação de conteúdo pornográfico online nas últimas semanas.
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As restrições impostas pelo Talibã às mulheres e à liberdade de expressão têm gerado críticas de organizações de direitos humanos e governos estrangeiros desde que o regime retomou o controle do Afeganistão em 2021. Abaixo, algumas das ações tomadas pelo Talibã em relação à censura neste ano.
Proibição de Acesso à Internet em Regiões do Norte
Em 17 de setembro, o governo Talibã anunciou a proibição de internet em uma área do norte do Afeganistão, com o objetivo de “impedir atividades imorais”. A restrição abrange cinco províncias – Kunduz, Badakhshan, Baghlan, Takhar e Balkh – e inclui os principais centros populacionais da região.
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O Talibã afirmou que a proibição não se estende aos dados de celular.
Remoção de Materiais Escritos por Mulheres
Recentemente, o Talibã começou a remover livros escritos por mulheres de universidades do país, conforme reportado pelo jornal The New York Times. Além da proibição de livros, o governo instruiu as universidades a cancelar 18 cursos sobre democracia, direitos humanos e estudos femininos.
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Proibição de Jogos de Azar
Em maio deste ano, o Talibã proibiu o xadrez, alegando preocupações com a possibilidade de jogos de azar, considerados um vício. A Federação Internacional de Xadrez (FIDE) expressou seu pesar pela decisão, ressaltando que a proibição prejudicaria o desenvolvimento do esporte e impediria que jogadores afegãos mostrassem seu talento.
Restrições a Trabalhadoras Humanitárias
Em um momento crítico, a Organização Mundial da Saúde solicitou que as autoridades do Talibã suspendessem as restrições às trabalhadoras humanitárias afegãs, permitindo que elas viajassem sem a presença de tutores masculinos e oferecessem assistência a mulheres com dificuldades de acesso a cuidados médicos, após dois fortes terremotos que causaram a morte de 2.200 pessoas no leste do país.