Igor e Ivan Biancon, produtores rurais em Sinop (MT), conseguiram transformar áreas antes improdutivas em terras férteis. Anteriormente, parte da fazenda sofria com a degradação causada pelo sobrepastoreio. Atualmente, caminhões transportam algodão e a soja está sendo plantada em terras recuperadas.
A mudança foi impulsionada pela busca por crédito para expandir a produção de soja e milho. O projeto REVERTE, criado em parceria entre a Syngenta (controlada pela Sinochem) e a The Nature Conservancy (TNC), ofereceu assistência técnica e acesso a financiamento rural sustentável. O programa visa a recuperação de terras degradadas.
Lançado em 2019, o REVERTE atua principalmente no Cerrado brasileiro, uma região afetada pelo desmatamento ilegal e pela pressão para novas áreas agrícolas. O objetivo é aumentar a produtividade sem desmatamento, promovendo práticas de manejo sustentável.
Produtores que aderem ao projeto podem acessar linhas de crédito do Itaú BBA, desde que cumpram critérios sociais e ambientais. Segundo Gabriel Mora, coordenador de sustentabilidade da Syngenta, cada fazenda recebe um plano de recuperação adaptado às condições do solo.
A fazenda JNC, localizada a cerca de 300 quilômetros de Sinop, é a maior participante do REVERTE, com 90 mil hectares. A propriedade cultiva soja, algodão e milho, utilizando sistemas digitais para controle em tempo real das operações.
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A densidade e profundidade do plantio são programadas nas semeadoras, e as equipes acompanham o processo por sensores e painéis na sede, com alertas sobre clima, incêndios e produtividade. As áreas da JNC seguem um modelo de rotação entre pastagem e cultivo, que alterna soja e capim para o gado. O método evita o sobrepastoreio e mantém o solo fértil.
O diretor técnico da JNC, Elson Stives, apresentou o projeto de reflorestamento local, que recupera áreas próximas às 46 nascentes da fazenda com espécies nativas do Cerrado e da Amazônia. A ação ajuda a manter o abastecimento de água e a irrigação agrícola. A Syngenta demonstra que é possível produzir mais alimentos e proteger o meio ambiente.
O diretor de comunicação da Syngenta, Saswato Das, afirma que o futuro da agricultura depende de equilibrar produção e conservação, construindo uma cadeia mais eficiente e sustentável.