Syncker: Transformando a Construção Civil com Inteligência Artificial
Na construção civil, a desconfiança entre as partes envolvidas – incorporadoras, construtoras, empreiteiros e bancos – é um problema constante. A coleta e validação de dados no canteiro de obras ainda dependem de métodos manuais e independentes, geralmente utilizando planilhas.
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Essa abordagem resulta em informações desatualizadas, imprecisas e, muitas vezes, erradas, causando atrasos e um fluxo de dinheiro mais lento do que o necessário para o andamento da obra.
A Solução da Syncker
Para resolver essa questão, a Syncker desenvolveu um sistema de Inteligência Artificial Física (IAF) capaz de validar automaticamente o avanço físico da obra em tempo real. A empresa, fundada em 2021 por Celso Berri (com passagens por Alpargatas e Bosch) e Luiz Fernando Duarte, utiliza simulação 3D e câmeras embarcadas em smartphones para “enxergar” o canteiro de obras, detectar o que foi construído, comparar com o planejado e atualizar automaticamente a representação digital da obra.
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A tecnologia da startup brasileira é treinada com modelos BIM (Building Information Modeling), fornecidos pelos clientes, que atuam em quatro obras com valor total de R$ 3 bilhões. A IA interpreta o que foi feito, o que ainda precisa ser feito e até prevê os próximos passos, registrando automaticamente os dados no sistema e atualizando o planejamento da obra em tempo real, mesmo sem internet no local.
Impacto Financeiro e Novos Padrões
A Syncker busca desbloquear o fluxo financeiro das construções, atuando como um “gatilho” para automatizar a liberação de crédito. O mercado da construção civil no Brasil gerou R$ 484,2 bilhões em 2023, com 40% destinado à mão de obra e serviços terceirizados, representando um potencial de antecipação de crédito de R$ 140 bilhões a R$ 190 bilhões por ano.
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A startup atualiza o gêmeo digital da obra e registra tudo de forma imutável, permitindo que a incorporadora reconheça a medição e o crédito se torne elegível, com a antecipação do pagamento por meio da cessão do recebível.
A Syncker está em conversas com gestoras de fundos de investimento para a estruturação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). A empresa está em fase de testes com grandes incorporadoras e construtoras, como a Cyrela e a Gafisa, aplicando a tecnologia em quatro obras que somam mais de R$ 3 bilhões em valor geral de vendas (VGV).
“Estamos criando um novo padrão de validação técnica, que vai transformar o setor. O canteiro de obras pode e deve ser digital, confiável e conectado”, afirma Celso Berri.
