Susie Wiles revela detalhes polêmicos sobre Trump em entrevistas com a Vanity Fair, expondo a visão interna do governo e estratégias do presidente.
Em uma série de entrevistas com a Vanity Fair, Susie Wiles, chefe de gabinete de Donald Trump, ofereceu um retrato surpreendente do presidente e de seus aliados mais próximos. As declarações, que surgiram após mais de dez entrevistas, revelam uma visão interna sobre a dinâmica do governo Trump e suas estratégias.
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Wiles, que trabalhou diretamente com o presidente, descreveu a personalidade de Trump como “alcoólatra”, apesar de sua imagem pública de sobriedade, e apontou que ele tende a “exagerar sua personalidade quando bebe”.
As entrevistas expõem uma percepção de que Trump governa com a crença de que “não há nada que ele não possa fazer. Nada, nada, nada”. Wiles admitiu que tentou dissuadi-lo de seus “acertos de contas” nos primeiros 90 dias de seu segundo mandato, mas sem sucesso, devido à sua motivação por vingança.
Ao discutir as alegações de fraude hipotecária contra a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, Wiles afirmou que essa poderia ser “a única vingança possível”.
Além de discutir a personalidade de Trump, Wiles abordou os pontos de vista de seus aliados mais próximos. Sobre o vice-presidente JD Vance, ela o descreveu como um teórico da conspiração há uma década, e sua evolução para um aliado fiel como “de certa forma política”.
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Wiles também expressou uma visão particular sobre Elon Musk, considerando-o um “cara excêntrico, como eu acho que os gênios são”, e um usuário assumido de ketamina. Sobre a procuradora-geral Pam Bondi, Wiles a criticou por “falhar completamente” na condução dos arquivos de Jeffrey Epstein.
Wiles também expressou reservas políticas ao longo das entrevistas. Ao discutir as deportações, ela enfatizou a necessidade de o governo “observar mais atentamente” para evitar erros. Em relação à Venezuela, ela observou que “pessoas muito mais inteligentes do que eu nesse assunto dizem que ele vai desistir”.
Wiles também reconheceu que Trump precisaria de autorização do Congresso para realizar ataques contra a Venezuela, o que, segundo a chefe gabinete, aconteceria “em breve”.
Wiles também se manifestou sobre eventos como o ataque ao Capitólio dos EUA, onde insistiu para que o presidente não perdoasse os manifestantes mais violentos de 6 de janeiro de 2021, e pressionou, sem sucesso, para adiar o evento como uma “grande divergência” entre seus assessores.
Wiles também expressou o desejo de que o presidente se concentrasse mais na economia e menos na Arábia Saudita, e ofereceu sua opinião sobre possíveis sucessores, destacando o apoio de figuras como Vance e Marco Rubio após inicialmente se oporem a Trump.
As declarações de Susie Wiles oferecem um olhar privilegiado sobre a administração Trump, revelando tensões internas, estratégias de governo e a visão particular da chefe de gabinete sobre o presidente e seus aliados. As entrevistas destacam a complexidade da figura de Donald Trump e a dinâmica de poder dentro de sua equipe.
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