Suprema Corte de Hong Kong Definirá Sentença de Jimmy Lai

A Suprema Corte de Hong Kong anunciou que divulgará a sentença do empresário Jimmy Lai na segunda-feira, 15 de dezembro de 2025. Lai permanece detido desde dezembro de 2020, enfrentando acusações de conluio com forças estrangeiras e conspiração.

Se considerado culpado, a pena máxima é a prisão perpétua. O empresário, com 78 anos, era o proprietário do jornal Apple Daily, que atualmente não está mais em operação.

Acusações e a Lei de Segurança Nacional

Lai se declara inocente das acusações. Ele é acusado de violar a Lei de Segurança Nacional de Hong Kong, implementada pela China em 2020. As acusações alegam que ele utilizou suas plataformas de mídia social e o jornal Apple Daily para provocar sanções internacionais contra a China e incitar descontentamento público contra as autoridades, um período que se estendeu de abril de 2019 a junho de 2021.

Alegações sobre o Grupo “Luta pela Liberdade”

Adicionalmente, Lai é acusado de financiar um grupo denominado “Luta pela Liberdade, Apoie Hong Kong”, que defendia uma maior autonomia para a ilha em relação ao governo central chinês. As investigações se concentram nas atividades do grupo e seu papel na promoção de ideias separatistas.

Reação do Ministério das Relações Exteriores da China

Em uma declaração feita na sexta-feira, 12 de dezembro, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, afirmou que o governo central apoiará qualquer decisão da Suprema Corte de Hong Kong. A declaração enfatizou o apoio do governo chinês à proteção da segurança nacional e à punição de crimes que representem um risco para a região, em conformidade com a lei.

Leia também:

Japão e EUA discutem tensão com China após exercícios militares chineses em Okinawa

China define estratégia econômica para 2026 com foco na demanda interna

Flutuações de Temperatura Ameaçam Saúde Pública: Estudo Chinês Revela Aumento em Latitude Baixa

Status de Hong Kong e Macau

Hong Kong, assim como Macau, possui um status de maior autonomia em comparação com outras províncias chinesas. Essa configuração é conhecida como “um país, dois sistemas”, permitindo que Hong Kong mantenha sua própria corte suprema e realize eleições para escolher seu líder.