Apesar das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, investidores asiáticos estão demonstrando um renovado interesse em investimentos, impulsionado por uma maior clareza na política americana. Segundo informações do Nikkei Asia, ultrarricos estão direcionando seus investimentos para ações chinesas, renda fixa e ouro.
Fatores Impulsionadores
A recuperação do apetite por risco é atribuída à resiliência econômica da China, ao crescimento impulsionado pela inteligência artificial, incluindo o chatbot DeepSeek, e à expectativa de cortes nas taxas de juros. Novas Ofertas Públicas (IPOs) também contribuem para o interesse.
Desempenho dos Mercados Asiáticos
No ano, o índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 26% e o CSI 300, da China, quase 15%. O interesse por ativos chineses aumentou significativamente, conforme observado por Gabriel Chan do BNP Paribas, devido a avaliações mais acessíveis em comparação com os mercados americanos.
Tendências em Outros Mercados Asiáticos
No Japão, com o iene enfraquecido, investidores ricos mantêm preferência por ativos americanos. A tendência geral reflete uma busca por diversificação de portfólios.
Crescimento do Patrimônio em Ásia
A Ásia detém o segundo maior número de ultrarricos do mundo, com um patrimônio total de US$ 14,8 trilhões, quase igualando a Europa. A Índia lidera o crescimento nesse segmento, com quatro das dez cidades de maior expansão desse grupo.
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Alocação de Portfólios
Investidores asiáticos, definidos como ultrarricos com patrimônio superior a US$ 30 milhões, destinam 32% dos seus portfólios a ações e 18% a ativos em caixa. Renda fixa e ouro também recebem atenção, embora as criptomoedas ainda não sejam consideradas.
Movimento de Renda Fixa e Ouro
A redução das taxas de juros estimulou a realocação de capital para a renda fixa, antecipando novos cortes. Yvonne Leung, do J.P. Morgan, observou que os clientes estão movendo seus recursos para títulos. Além disso, o ouro, com alta superior a 60% no ano e atingindo recorde acima de US$ 4.300 por onça, é visto como uma forma de diversificação. Ryoichi Toori, do SMBC Trust Bank, confirmou que nenhum dos seus clientes demonstra interesse em criptomoedas.