Fundador da Port’Alba, Sudário Silva transformou improviso em negócio de R$ 1,5 milhão/ano. Histórias de resiliência e paixão no interior de SP.
A história da Port’Alba começou com um improviso, longe de um plano elaborado. Sudário Silva, o fundador, iniciou sua jornada com um forno de barro montado na cozinha do bar do irmão, em São Roque (SP), sem capital, ponto comercial ou qualquer plano de marketing.
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A ousadia de oferecer um produto diferente no interior paulista foi o ponto de partida para um negócio que hoje fatura cerca de R$ 1,5 milhão por ano. A trajetória de Sudário, que nasceu na Vila Medeiros, em São Paulo, em uma família humilde, é um exemplo de resiliência e paixão pelo que faz.
Desde a infância, Sudário aprendeu a lidar com o dinheiro e a entender a lógica dos negócios. Aos 6 anos, já buscava “uns trocos” na rua e entregava o dinheiro para a mãe. Mais tarde, virou vendedor ambulante, começando com pirulitos e, depois, com doces e sonhos feitos em casa.
Essa experiência precoce lhe ensinou a importância da margem, do giro e da sobrevivência no mercado. A adolescência trouxe o primeiro emprego formal, aos 13 anos, em uma fábrica de calçados, onde aprendeu a fabricar sapatos “de ponta a ponta” e desenvolveu gosto por dominar processos.
A trajetória de Sudário não se limitou à fábrica de calçados. Ele também passou por um escritório de contabilidade, lidando com rotinas comerciais e abertura de firma, e trabalhou à noite na Folha de S.Paulo, digitando e preparando textos. Essas experiências o expuseram a diferentes setores, como a propaganda médica e a indústria química, onde desenvolveu um olhar técnico, baseado em testes, proporções e padronização.
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Essa expertise seria fundamental para a Port’Alba.
Em 1981, mudando-se para São Roque, Sudário percebeu a ausência de uma pizzaria na região. A decisão de empreender veio com improviso e intuição, mas também com tropeços. A Port’Alba surgiu com um modelo de escala de trabalho 4×3, com salário integral, que visa reduzir a rotatividade e aumentar o engajamento dos funcionários.
A estratégia é concentrar a demanda nos dias de maior fluxo, elevando a produtividade por hora aberta.
O diferencial da Port’Alba não está no volume, mas na técnica. Sudário defende a longa fermentação, descanso de massa e blends de farinha para alcançar um resultado mais leve e previsível, com custo controlado. “A pizza, no fundo, pode custar barato se o processo estiver certo”, afirma.
A lógica é inspirada no modelo italiano: insumo adequado, padronização e desperdício mínimo. O plano é crescer sem pressa, ganhando visibilidade em São Paulo e atraindo fluxo para São Roque, ampliando o ecossistema ao redor da pizzaria.
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