STF Suspende Investigação Banco Master: Toffoli decide acareação contra Vorcaro, Costa e Aquino no caso Master-BRB. Reunião em 30/12.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, decidiu não suspender a investigação que apura possíveis irregularidades envolvendo a tentativa de venda do Banco Master ao BRB (banco estatal de Brasília). A decisão, tomada na noite de 4 de dezembro de 2025, ocorreu após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ter solicitado a suspensão do processo.
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A investigação, que corre sob sigilo, busca esclarecer o caso que envolveu, entre outros, Daniel Vorcaro, fundador e controlador do Banco Master; Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB; e Ailton de Aquino, diretor de Fiscalização do Banco Central.
Gonet argumentou que a acareação, ou confrontação direta entre os investigados, deveria ser realizada após a conclusão dos depoimentos formais, quando as divergências de versões estariam claramente identificadas. No entanto, Toffoli considerou que já existiam motivos para ordenar a acareação na fase atual da investigação.
O ministro do STF já havia demonstrado preocupação com a falta de solidez dos ativos declarados pelo Banco Master, alertando para a possibilidade de uma indústria de criação de créditos falsos.
A acareação determinada por Toffoli envolverá os três personagens centrais do caso. A audiência está agendada para 30 de dezembro, por videoconferência, durante o recesso do Judiciário. A iniciativa não partiu da Polícia Federal, mas foi diretamente proposta pelo ministro do STF.
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O caso se originou com a tentativa frustrada de venda do Master ao BRB, anunciada em março e barrada pelo Banco Central em setembro. A liquidação extrajudicial do banco, em 18 de novembro, foi precedida pela operação Compliance Zero da Polícia Federal e pela prisão de Vorcaro e outros dirigentes.
Um ofício interno do Banco Central, que registra uma videoconferência entre Aquino e Vorcaro em 17 de novembro, tornou-se peça-chave na defesa do banqueiro. Os advogados utilizaram o documento para contestar a acusação de risco de fuga, argumentando que o banqueiro havia comunicado ao próprio regulador, horas antes, que viajaria ao exterior –portanto, não estaria tentando escapar, mas só conduzindo negócios.
A desembargadora Solange Salgado, do TRF-1, com medidas cautelares, incluindo tornozeleira eletrônica, acolheu a tese de que Vorcaro não tentava fugir do país.
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