O Banco Central (BC) solicitou ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), esclarecimentos sobre o caso do Banco Master. A solicitação visa a determinar as condições do depoimento do diretor de Fiscalização, Ailton de Aquino Santos, e a urgência da acareação entre os investigados.
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O BC apresentou quatro pontos centrais de dúvida, buscando clareza sobre o processo investigatório. Os pontos incluem a definição da condição do diretor de Fiscalização, a forma de intimado (como acusado ou testemunha), a natureza da participação (institucional ou pessoal) e a justificativa para a realização da acareação durante o recesso judicial.
Toffoli está concentrando os documentos do caso no Supremo, buscando um entendimento profundo sobre os responsáveis pela fraude que teria causado um rombo de R$ 12 bilhões no balanço do Banco Master, um fato que o banco liquidado nega.
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Etapas do Processo Investigatório
O ministro decidiu ouvir separadamente os investigados antes da acareação. O objetivo é coletar as versões individuais para, em seguida, confrontá-las durante o processo. Os indivíduos a serem acareados são: o fundador do banco liquidado extrajudicialmente, Daniel Vorcaro; o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos; e o ex-presidente do BRB (banco estatal de Brasília), Paulo Henrique Costa.
Os interrogatórios começarão às 14h de 3ª feira (30.dez.2025), sem prazo definido, podendo ser retomados no dia seguinte, se necessário. Uma possibilidade é que cada depoente seja ouvido por diferentes integrantes do gabinete de Dias Toffoli, o que poderia acelerar o processo.
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Os depoentes poderão utilizar videoconferência. Vorcaro, no entanto, solicitou comparecer pessoalmente ao STF.
Contexto da Investigação
A acareação entre os três principais envolvidos no caso do Banco Master foi solicitada diretamente pelo ministro Toffoli, e não pela Polícia Federal (PF). A PF deu início à investigação em 28 de março.
O Banco Central autorizou a compra de R$ 50 bilhões de ativos do Master pelo BRB em 3 de setembro de 2025, com o objetivo de aumentar a competitividade e a solidez do banco estatal de Brasília.
