STF mantém Bolsonaro sob prisão preventiva após tentativa de destruir tornozeleira eletrônica

STF mantém Bolsonaro sob prisão preventiva após tentativa de destruir tornozeleira eletrônica. Alexandre de Moraes lidera decisão no STF

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(Imagem de reprodução da internet).

Manutenção da Prisão Preventiva de Bolsonaro Após Tentativa de Destruir tornozeleira eletrônica

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na segunda-feira (24.nov.2025), manter o ex-presidente (PL) sob prisão preventiva. O ministro Cristiano Zanin acompanhou o voto do relator, Alexandre de Moraes, e do ministro Flávio Dino, que representam a maioria do tribunal.

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A decisão ocorreu em sessão plenária virtual, onde cada ministro registrou seu voto no sistema eletrônico da Corte. A ministra Cármen Lúcia ainda tem até as 20h do mesmo dia para proferir seu voto.

Riscos de Fuga e Descumprimento de Medidas Cautelares

O relator, Alexandre de Moraes, justificou a manutenção da prisão preventiva, apontando que o ex-presidente violou “de forma dolosa e consciente” a tornozeleira eletrônica. Ele ressaltou o “risco concreto de fuga”, considerando a tentativa de romper o equipamento e a convocação de uma vigília pelo senador (PL-RJ) nas proximidades do condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar.

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Moraes também citou o histórico de descumprimento de medidas cautelares e a proximidade do trânsito em julgado da condenação de 27 anos e 3 meses imposta pela 1ª Turma por tentativa de golpe de Estado.

Evidências da Tentativa de Destruição

O relator mencionou o relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, que apontou “marcas de queimadura em toda a circunferência do equipamento”. Segundo o documento, o ex-presidente afirmou ter usado um ferro de solda para tentar romper o dispositivo.

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Moraes reproduziu o trecho do relatório, que indicava “sinais claros e importantes de avaria”, e confirmou que o próprio ex-presidente, na audiência de custódia de domingo (23.nov), “novamente, confessou que inutilizou a tornozeleira eletrônica”.

O ministro classificou o episódio como “cometimento de falta grave, ostensivo descumprimento da medida cautelar e patente desrespeito à Justiça”.

Alegações de Confusão Mental e Argumentos da Defesa

Flávio Dino afirmou que houve “prova incontrastável” da tentativa de destruição da tornozeleira, classificando o episódio como grave afronta às determinações do Judiciário. A defesa do ex-presidente argumentou que a tentativa de romper a tornozeleira foi motivada por um quadro de “confusão mental”, decorrente do uso da Pregabalina em combinação com a Clorpromazina e a Gabapentina.

Os advogados enfatizaram que Bolsonaro “expõe um comportamento ilógico que pode ser explicado pelo possível quadro de confusão mental causado pelos medicamentos ingeridos pelo peticionário, sua idade avançada e o estresse a que está inequivocamente submetido”.

Pedido de Prisão Domiciliar Humanitária

Os advogados também solicitaram que a prisão preventiva seja convertida em domiciliar humanitária, argumentando que os autos e os acontecimentos da madrugada do dia 22 demonstram a “situação de todo delicada da saúde do ex-Presidente”. A defesa do ex-presidente também afirmou que, como o ferro quente foi utilizado no dispositivo em vez das tiras, não houve tentativa de rompimento da pulseira e, portanto, de retirada da tornozeleira.

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