STF julga denúncia contra deputado licenciado do PL por suspeita de coação. Julgamento virtual analisa se há ação penal contra parlamentar. Caso avance, será necessária instrução processual
Entre os dias 14 e 25 de novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) realizará o julgamento de uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado licenciado do Partido Liberal (PL) por suspeita de coação no curso de um processo judicial.
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O julgamento será conduzido em ambiente virtual, e a Primeira Turma do STF decidirá se uma ação penal será aberta contra o deputado, tornando-o formalmente réu. Caso a denúncia seja aceita, será necessária uma instrução processual, onde a acusação e a defesa terão a oportunidade de apresentar provas e testemunhas.
O deputado foi acusado de tentar intimidar o STF para que arquivasse a ação que condenou seu pai, ex-presidente, a 27 anos e três meses por envolvimento em um golpe de Estado, além de outros crimes relacionados.
Segundo a denúncia, o deputado promoveu abertamente uma campanha para que o governo dos Estados Unidos aplicasse sanções contra autoridades judiciais brasileiras, com o objetivo de intimidá-las a não condenar seu pai.
Desde que se deslocou para os Estados Unidos em março, alegando perseguição política por parte de seu clã, o deputado tem divulgado uma agenda de reuniões com integrantes do governo do presidente americano.
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Neste ano, Donald Trump impôs uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, justificando a medida como uma perseguição política a Jair Bolsonaro.
A Casa Branca também cancelou os vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal e do procurador-geral da República.
Defesa: Como Eduardo não havia constituído advogado, o ministro relator do processo, determinou que a Defensoria-Pública da União (DPU) realizasse a defesa do parlamentar.
Na sexta-feira (31), a DPU solicitou a rejeição da denúncia, argumentando que o deputado não é responsável pelas sanções e que suas manifestações são um exercício legítimo da liberdade de expressão e do mandato parlamentar.
O jornalista Paulo Figueiredo, que acompanha o deputado em suas agendas em Washington, também foi denunciado, mas o caso teve andamentos distintos devido à dificuldade de intimar o blogueiro, que reside nos Estados Unidos há pelo menos 10 anos.
Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes determinou que Paulo Figueiredo seja intimado por meio de carta rogatória, um procedimento demorado que envolve a atuação de diplomatas e do judiciário dos EUA.
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