Steve Jobs defendia que líderes eficazes não buscam cargos de gestão, mas otimizam processos com inquietação e desejo de resultados práticos.
Steve Jobs defendia que os líderes mais eficazes são aqueles que não almejam posições de gestão. Essa ideia, aparentemente paradoxal, ganha relevância em um contexto de alta demanda por desempenho, eficiência e resultados práticos. Jobs argumentava que líderes verdadeiros não são motivados por ambição hierárquica, mas por uma inquietação com a ineficiência e um desejo intenso de otimizar processos.
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A teoria da liderança parece corroborar essa visão.
Em uma decisão de promoção, a escolha mais segura foi a de um “gerente profissional”, treinado para aplicar regras, manter processos e entregar o básico. No entanto, essa escolha evidenciou a distinção entre “gerenciar tarefas” e “liderar mudanças”.
O novo gestor cumpriu as expectativas, mas não impulsionou a equipe para frente.
A falta crucial foi a capacidade de liderar através da execução, da técnica e da busca por melhorias contínuas, qualidades que Jobs valorizava.
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No início da Apple, Jobs e sua equipe contrataram diversos gestores com sólida formação em administração. O resultado foi um fracasso. Como ele próprio admitiu, “Eles sabiam administrar, mas não sabiam fazer nada”.
O verdadeiro líder, segundo Jobs, emerge de forma espontânea, geralmente em um colaborador técnico que se recusa a aceitar o status quo, que se incomoda com a lentidão, com erros repetitivos e com resultados abaixo do potencial, e que assume a responsabilidade por acreditar que ninguém fará o trabalho tão bem quanto ele.
Esse tipo de líder não apenas supervisiona, ele transforma. Em ambientes de crescimento acelerado, como startups e empresas em expansão, esse perfil se torna cada vez mais valorizado. A liderança técnica impacta diretamente a performance.
Uma pesquisa da Industrial and Labor Relations Review revelou que funcionários são mais felizes e produtivos quando têm líderes com domínio técnico do seu trabalho. Ou seja, quando o chefe sabe fazer o que a equipe faz, e ainda melhor, quando já fez.
Isso desmistifica a ideia de que liderança é apenas um conjunto de “soft skills” isoladas do contexto. No mundo real – especialmente em negócios de execução intensa – o respeito vem pela competência, pela prática e pela entrega. Não é à toa que líderes técnicos são os mais eficazes em times de produto, engenharia, operações e vendas estratégicas.
Ao contrário do “gestor de planilha”, o líder técnico não lidera por autoridade, mas por capacidade e exemplo. Ele identifica gargalos, propõe soluções reais e constrói caminhos mais eficientes junto com o time, não acima dele.
Para empresas e profissionais que operam sob pressão por resultados, é importante reconhecer que nem todo bom colaborador individual precisa se tornar líder, mas alguns, quando o fazem, transformam o jogo. São esses que cobram mais produtividade porque sabem que é possível entregar mais; que se irritam com processos engessados porque conhecem soluções mais eficazes; que rejeitam a ideia de “tocar o barco como está”, porque enxergam onde é possível ir além.
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