Stephen Hawking propõe modelo para múltiplos universos em novo estudo. Físico e Thomas Hertog exploram a possibilidade de universos com leis físicas similares.
O físico Stephen Hawking, em seu último trabalho científico, apresentou uma proposta audaciosa sobre a origem do universo e a possibilidade da existência de múltiplos cosmos. O artigo, finalizado pouco antes de sua morte e publicado na revista Journal of High-Energy Physics, sugere que, caso existam outros universos além do nosso, eles compartilham leis físicas semelhantes às que conhecemos.
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O trabalho foi desenvolvido em colaboração com o cosmólogo Thomas Hertog, da Universidade KU Leuven, na Bélgica. O objetivo principal era abordar uma inconsistência presente em teorias anteriores, propostas por Hawking, que indicavam um multiverso potencialmente infinito, com realidades drasticamente diferentes da nossa.
Da Caos à Estrutura: Uma Abordagem Controlada
Desde a década de 1980, Hawking e o físico James Hartle defendiam que o universo poderia ter surgido do “nada” através de princípios da mecânica quântica, sem a necessidade de um ponto inicial no tempo. No entanto, essa explicação levava à ideia de um multiverso caótico, com uma infinidade de universos possíveis, cada um com características distintas.
O novo artigo busca restringir esse cenário. Hawking e Hertog propõem um modelo onde apenas universos com leis físicas compatíveis com as do nosso cosmos poderiam existir. Essa abordagem visa trazer mais previsibilidade às observações cosmológicas.
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Resgatando a Previsibilidade
Se todas as realidades paralelas seguem regras similares às que testamos em laboratório, isso permite que os cientistas utilizem dados observacionais do nosso universo para teorizar sobre os demais. Segundo Hertog, o tipo de leis fundamentais que emergem após o instante inicial está diretamente ligado às condições iniciais daquele universo.
Entender esse processo pode revelar como essas leis se formam e se são realmente únicas. O artigo também aponta um caminho empírico: a radiação cósmica de fundo — vestígio da expansão inicial do universo — pode conter pistas sobre outros cosmos.
Embora não indique a possibilidade de comunicação ou viagem entre universos, a hipótese abre novas rotas para a física teórica explorar a origem e a estrutura do espaço-tempo.
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