A Stellantis registrou um aumento notável de 51% nas exportações de veículos fabricados em suas fábricas brasileiras durante o ano de 2025, quando comparado ao ano anterior. A empresa, que possui marcas como Fiat, Peugeot e Jeep, tem intensificado sua atuação nos mercados da América do Sul.
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O CEO da Stellantis, Antonio Filosa, ressaltou, em entrevista à CNN Money, que, apesar de algumas limitações, o Brasil demonstra um potencial considerável para fortalecer sua importância na região.
Desafios e Oportunidades
Filosa mencionou que a produção industrial no Brasil é, em certa medida, restrita pelas regulamentações, que variam de país para país, e pela competitividade da produção, que não é tão elevada. Ele enfatizou que a equipe de engenharia, design e desenvolvimento de produtos da Stellantis no Brasil está começando a adaptar produtos com características estéticas e funcionais que despertam interesse em outros mercados.
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Resultados e Participação de Mercado
Com seis unidades produtivas na América do Sul, a Stellantis alcançou a marca de 91 mil veículos fabricados em setembro. Até outubro, a produção total da empresa na região já ultrapassava 826 mil unidades, garantindo uma participação de mercado de 22,9%.
Perspectivas de Regionalização
O processo de regionalização global é visto por Filosa como uma oportunidade para o Brasil. A América Latina, com uma população de aproximadamente 440 milhões de habitantes (excluindo o México), apresenta uma demografia favorável e economias em crescimento, fatores que podem impulsionar o protagonismo da indústria brasileira no continente.
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Desafios Econômicos
O executivo destacou que juros elevados representam um desafio significativo para o setor automotivo. A taxa Selic em 15% ao ano impacta o financiamento de veículos, e o mercado automotivo poderia apresentar um crescimento mais expressivo com taxas mais baixas.
Além disso, o executivo mencionou que as tarifas representam uma variável adicional na equação do negócio, assim como o impacto do câmbio nos custos de produção, considerando que as commodities são negociadas em dólar.
Conclusão
Apesar dos desafios, Filosa enfatiza a resiliência da economia brasileira e o crescimento da demanda regional, incluindo mercados como o argentino. A posição de liderança da empresa e os maiores volumes de produção permitem ganhos de escala que ajudam a compensar as pressões nos custos.
