Sérgio Pena, líder do MST, afirma que população-Brasil estará treinada militarmente em caso de invasão dos EUA.
Após uma visita à Venezuela no início de outubro, o dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, relatou que a população local está se preparando para uma possível invasão dos Estados Unidos, em resposta a ataques de embarcações do país sul-americano no Mar do Caribe. Stédile observou que, apesar da situação, a população venezuelana mantém uma vida normal, incluindo a tradição de iniciar a preparação para o Natal a partir de 1º de outubro. O apoio ao governo de Nicolás Maduro (PSUV, esquerda) havia variado entre 55% e 60%, com a extrema direita representando 10% e um grupo neutro de 30%. No entanto, as ameaças da extrema direita, liderada por figuras como María Corina, elevaram o apoio a 90%.
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Stédile descreveu as estratégias potenciais dos Estados Unidos, que incluem tentar assassinar ou prender Maduro e Diosdado Cabello, ou, caso a primeira tática falhe, realizar uma invasão com tropas de marines para desestabilizar o país e gerar uma guerra civil. Ele enfatizou que não haverá guerra civil, mas sim um povo armado enfrentando os americanos, similar ao que ocorreu na Baía dos Porcos em Cuba em 1961. A falta de informações de inteligência precisas, devido à ausência de agentes da Agência Central de Inteligência (CIA) na embaixada venezuelana, também é vista como um fator relevante.
O MST planeja articular com outros movimentos populares do Brasil e da América Latina a organização de brigadas de 50 a 100 jovens para ir à Venezuela o mais rápido possível. Essa iniciativa surgiu durante o Congresso Mundial em Defesa da Madre Terra, onde delegados de 65 países, incluindo movimentos populares, camponeses e ambientalistas, aprovaram a criação dessas brigadas internacionais. O objetivo é demonstrar solidariedade pública e oferecer apoio à população venezuelana, participando de atividades como cultivar alimentos, limpar praças e participar de atividades de formação.
Stédile mencionou exemplos históricos de apoio internacional de organizações populares, como a participação em lutas na República Espanhola (1930-1936), na Argélia (década de 60) e na revolução nicaraguense da década de 70. O MST pretende replicar essa experiência na Venezuela, com o objetivo de solidariedade e apoio à população local.
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