Stablecoins: Uma Nova Era nos Pagamentos Globais
A consolidação das stablecoins como infraestrutura financeira global é um movimento transformador no sistema de pagamentos contemporâneo. Em 2025, esse fenômeno já operava em escala, com volumes anuais de transferências em stablecoins como USDT e USDC estimados em dezenas de trilhões de dólares, um patamar comparável ao processado por redes globais como Visa e Mastercard.
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Mais do que um novo ativo digital, as stablecoins passaram a desempenhar funções clássicas do sistema financeiro, atuando como alternativa funcional ao SWIFT em fluxos específicos de liquidação internacional.
Liquidação Instantânea e Eficiência
Esse movimento aponta para 2026 como o ano em que stablecoins devem se consolidar como um arranjo de pagamentos alternativo, não apenas ao SWIFT, mas também às bandeiras de cartão e até para arranjos locais como o ACH. O diferencial reside na liquidação quase instantânea, nos custos significativamente menores, na operação 24/7 e na auditabilidade nativa, características ausentes na infraestrutura financeira tradicional.
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Exemplos Práticos: Pagamentos Transfronteiriços
Um exemplo prático é a situação de um argentino que viaja ao Brasil e paga um QR Code Pix diretamente, sem a necessidade de uma conta bancária local ou CPF. Utilizando seu aplicativo financeiro no país de origem, o usuário lê o QR Code Pix e o pagamento é liquidado através de uma infraestrutura baseada em stablecoins.
Esse fluxo pode ocorrer em qualquer local com aceitação de Pix, como Rio de Janeiro, Florianópolis e São Paulo, com estrangeiros utilizando esse modelo para pagar consumo cotidiano em empresas como Uber, McDonald’s e Renner, além de hotéis e restaurantes.
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A Expansão das Neobanks e a Revolução das Wallets
A expansão de soluções, como neobanks, carteiras digitais e contas globais, tende a acelerar em 2026, impulsionada pelo crescimento dos neobanks e fintechs que nascem com infraestrutura construída sobre stablecoins. Diferentemente dos bancos tradicionais, esses players operam com o conceito de wallet como uma “conta global”.
Em vez de abrir contas bancárias em cada país, o usuário mantém saldos em stablecoins representativas de diferentes moedas, como USDT ou USDC para o dólar e BRLA para o real, tudo na mesma conta. Pagamentos e transferências globais ocorrem de forma instantânea, 24 horas por dia, sete dias por semana, com custos marginais reduzidos e sem a complexidade operacional do sistema bancário internacional.
Regulamentação e o Futuro das Stablecoins
O cenário regulatório também evoluiu, com avanços na regulação dos Prestadores de Serviços de Ativos Virtuais (PSAV) no Brasil e a perda de tração do Drex como solução de varejo, com o Banco Central indicando a necessidade de regular emissores privados de stablecoins, criando previsibilidade jurídica para o desenvolvimento de soluções de mercado.
