Stablecoins: Cripto que pode superar criptomoedas e revolucionar negócios
Modernização do sistema financeiro brasileiro: redução de custos, abertura de fronteiras e preservação do poder de compra são os pilares da nova estratégia.

Stablecoins: Uma Nova Era no Sistema Financeiro Global
A frase proferida por Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, – “As stablecoins podem crescer mais do que outras criptomoedas” – reflete uma transformação em curso. Essa mudança, que já impacta mercados globais, especialmente nos mercados emergentes, representa uma nova era no sistema financeiro, moldando a forma como lidamos com dinheiro, crédito e pagamentos.
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Nos últimos anos, observamos a ascensão silenciosa das stablecoins, que evoluíram de uma solução restrita ao mercado cripto para se tornarem um instrumento com potencial para superar o volume de transações de gigantes como a Visa. Essa tendência não é passageira, mas sim uma mudança estrutural que definirá o futuro do sistema financeiro nos próximos anos. A busca por preservação do poder de compra, a redução de custos de transação e a abertura de fronteiras para negócios, antes limitados por burocracias cambiais, já se tornaram realidade para indivíduos que enviam remessas internacionais, empresas que pagam fornecedores em outros continentes e famílias em países emergentes que lutam contra a inflação.
Um ponto crucial levantado por Campos Neto é a desintermediação bancária acelerada pelas stablecoins. Ao transferir dinheiro para uma carteira digital, o usuário retira depósitos do banco, diminuindo a capacidade das instituições de oferecer crédito. Essa dinâmica abre discussões importantes sobre o impacto na política monetária e o papel das instituições financeiras tradicionais. A inovação em stablecoins pode ser um catalisador para modelos de crédito mais inclusivos e transparentes, como os que surgem em plataformas descentralizadas.
Para que as stablecoins alcancem seu potencial, é fundamental um equilíbrio entre inovação e estabilidade, que só será alcançado com regulação clara, infraestrutura confiável e compliance robusto. No entanto, a simples existência de stablecoins não garante seu crescimento. A infraestrutura que as sustenta – regulatória, de liquidez e de APIs – é essencial para garantir sua confiabilidade e integração aos sistemas existentes. Sem essa base, não há confiança, interoperabilidade ou escala. É essa camada que permite que as stablecoins deixem de ser apenas tokens em blockchain e se tornem rails de pagamentos globais, seguros e regulados.
A confiança é, portanto, a palavra-chave. Investidores institucionais, empresas e consumidores só adotarão stablecoins em larga escala se tiverem garantias de segurança, auditoria e governança. Iniciativas como o Genius Act nos Estados Unidos e o MiCA na Europa já representam passos nessa direção. O Brasil, com sua longa história de inflação, também demonstra sensibilidade a alternativas que ofereçam estabilidade.
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